O juiz Flávio Schmidt, da comarca de Muzambinho falou ao programa Bom Dia Atividade dessa terça-feira (15) sobre o caso da Cooman, a Cooperativa Agropecuária de Muzambinho (Cooman), que na última sexta-feira (11) teve três de seus ex-diretores condenados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. 

O juiz disse que a partir agora se dá o início do cumprimento da pena, para aplicação da execução penal. A prisão de ex-presidente Roberto Vieira de Souza, que é considerado foragido, está sendo aguardada o mais breve possível, segundo o juiz, para que possa dar continuidade também ao cumprimento de sua pena.

José Amélio Miranda, que era vice-presidente da cooperativa e o ex-secretário José Aleixo da Silva foram presos e levados para o Presídio de Muzambinho, onde permanecem até que a audiência para definir os trâmites da sentença seja realizada.

Segundo reportagem do G1 Sul de Minas, a defesa dos ex-diretores informou que, ainda na sexta-feira, entrou com um requerimento para que fosse feita a substituição da prisão por uma pena restritiva, já que a defesa entende que penas menores que quatro anos não precisam ser cumpridas em regime fechado.

O juiz informou que esse requerimento, assim como outros que devem surgir por parte da defesa devem ser analisados a partir dessa quarta-feira.

Os três foram condenados em segunda instância pela prática de gestão fraudulenta e falsidade ideológica. A pena é de pouco mais de três anos em regime semiaberto. 

Eles começaram a ser investigados no ano de 2001, quando foi aberto um processo de investigação na empresa que estava em crise e decretou falência. Na época, muitos associados recorreram à Justiça para receber o dinheiro equivalente às sacas de café que haviam sido estocadas no galpão da cooperativa. 

Naquele ano, do total de 8.500 processos em andamento na comarca da cidade, 15% envolviam a Cooman. A cooperativa foi fundada na década de 1970 por um grupo de produtores e chegou a ter mais de 6 mil cooperados.

Foto: Reprodução EPTV