Cafeicultores reivindicam do governo regulamentação do setor
21.04.2015
Ofício será entregue a autoridades políticas do agronegócio nacional por lideranças da cafeicultura brasileira, no dia 22 de abril, em Muzambinho.No dia 22 de abril, produtores e lideranças da cafeicultura nacional estarão reunidos para entregar a autoridades políticas do agronegócio brasileiro um ofício reivindicando melhorias para o setor, durante o I Fórum de Desenvolvimento da Cafeicultura, em Muzambinho (MG).
A regulamentação do setor está entre as principais reivindicações contidas no documento. “No dia 25 de fevereiro de 2013, o então ministro da agricultura Mendes Ribeiro Filho revogou a IN16 (24/05/2010) por completo, atendendo pleito da Associação Brasileira da Indústria de Café para eliminar a subjetividade da análise sensorial estabelecida como parâmetro da norma, além de apontar a desnecessidade de envio de laudos anuais de análise de microscopia e umidade para o MAPA. A ABIC propôs em contrapartida a constituição de um grupo de trabalho para discutir o assunto e, também, a autorregulamentação, no entanto até o momento nada disso aconteceu. Com exceção da instrução normativa número oito – que também não é cumprida na íntegra – o mercado interno encontra-se totalmente desregulamentado”, aponta Fernando Barbosa, um dos organizadores do Fórum.
Barbosa ainda declara que enquanto o mercado internacional sinaliza a valorização do aspecto qualitativo e o respeito ao meio ambiente na produção de qualquer produto, o café brasileiro vai à contra mão. “O brasileiro também merece tomar os cafés que os americanos, europeus e japoneses bebem”, diz.
Outro ponto questionado pelos cafeicultores é o marketing do café, que não acompanhou a mudança de comportamento do consumidor e, também, as transformações do mercado de alimentos. “É necessário investimentos em qualidade, em comunicação. Os consumidores que já estavam exigentes em relação à nutrição, sabor e saúde, estão também ficando exigentes quanto à qualidade dos alimentos que estão adquirindo. Assim, a produção de alimentos, com garantia de qualidade e origem, certamente proporcionará melhores preços a seus produtores, criando condições de competitividade para os pequenos negócios, valorizando o trabalho da agricultura familiar e assegurando a permanência do produtor rural no campo”, explica Barbosa.
Além da falta de regulamentação do setor e do marketing que não valoriza o produto, o documento ainda conterá outras reivindicações como a necessidade de aproximar a pesquisa e extensão rural para a transferência de tecnologias ao homem do campo e o estabelecimento de uma política de preço mínimo. Eles ainda pleitearão ao governo a criação de um fundo estratégico para mitigar eventuais crises. “Esse fundo é para oferecer maior estabilidade aos cafeicultores, caso ocorram oscilações no mercado acarretando prejuízos por quedas no preço pago ao produtor, inclusive com estabelecimento de um preço mínimo compensatório que atenda às necessidades de cada região produtora de acordo com o custo de produção. Outro ponto para estabilidade ao produtor é a criação de seguro acessível para proteger as lavouras – patrimônio dos cafeicultores - contra as possíveis adversidades climáticas”, revela Barbosa.
O I Fórum de Desenvolvimento da Cafeicultura acontece no IFSULDEMINAS – Câmpus Muzambinho. A entrega do ofício acontecerá a partir das 13h30.

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