Abaixo-assinado pede a demolição do monotrilho em Poços de Caldas, MG

20.03.2017

Texto diz que estrutura, parada há mais de 13 anos, corre risco de cair. Construído em 1981, empreendimento ocasionou ao menos dois acidentes.

O monotrilho de Poços de Caldas (MG) voltou a ser discutido na cidade. Moradores fizeram um abaixo assinado na internet pedindo a demolição da estrutura e o fim do empreendimento, que está abandonado há mais de uma década.

 

No documento, que até o momento tem 263 assinaturas, os moradores dizem ainda que o empreendimento deixou um legado de agressão à natureza, além do risco à segurança dos moradores e visitantes da cidade. O texto diz ainda que depois de tantos anos à mercê de intempéries, a situação do monotrilho é caótica, poluindo o visual da cidade.


A construção do monotrilho foi aprovada em 1981, mas foi só no ano 2000 que oito dos 30 quilômetros previstos no projeto foram entregues. A ideia era que o empreendimento fosse usado como transporte público, além de ser transformado em mais uma atração turística. Entretanto, durante três anos ele funcionou poucas vezes.

 

Em setembro de 2000, o trem descarrilou numa curva e 19 pessoas tiveram que ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros. Já no dia 14 de novembro de 2003, duas pilastras, que ficam ao longo da Avenida João Pinheiro, caíram. Na época, a prefeitura alegou que isso aconteceu por causa das obras de assoreamento do rio que margeia a construção. Depois disso, o monotrilho nunca mais voltou a funcionar.


A estrutura que fica a céu aberto e que está parada a mais de 13 anos, com o passar do tempo, está se deteriorando. Este seria um dos argumentos para o manifesto da população, já que a estrutura corre risco de desabar e, consequentemente, se torna uma ameaça à segurança dos pedestres e motoristas.

 

Em 2014, o Ministério Público tentou fazer um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a prefeitura e a empresa que administra o monotrilho pra resolver o impasse, mas o acordo não foi assinado e o processo ainda corre na Justiça.

 

Liminar na Justiça
Em março de 2016, o juiz da 3ª Vara Cível do município, Edmundo José Lavinas Jardim, concedeu uma liminar determinando que em até 30 dias, a prefeitura começasse as obras de contenção dos taludes do Ribeirão Poços de Caldas. O documento também determinava que a administração municipal elaborasse planos de contingência para evitar a ruína da estrutura do monotrilho.


O juiz ainda afirmou na liminar que o monotrilho nunca teve a utilidade que deveria proposta no projeto de construção. Além de há anos oferecer riscos à população.


Na época, a antiga administração da prefeitura entrou com um recurso contra a liminar. De acordo com o Tribunal de Justiça, a prefeitura alegou que já fazia o acompanhamento da construção e que já tomava as medidas de segurança.

 

De acordo com o atual prefeito da cidade, Sérgio Azevedo (PSDB), hoje em dia não existe uma ação imediata com relação ao monotrilho, mas que o órgão já solicitou para a assessoria jurídica uma análise do processo para saber qual a situação atual.

 

O prefeito disse ainda que, depois que for feito esse levantamento, ele irá se reunir com o Ministério Público e com a empresa dona do empreendimento. O objetivo da reunião é chegar a um acordo sobre a destinação do monotrilho. Azevedo informou que a reunião deve acontecer até abril deste ano.


Foto: Reprodução EPTV

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Fonte - G1 Sul de Minas

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