Prefeitura amplia horário de vacinação após caso de febre amarela em Poços

09.02.2017

Caso de macaco infectado pela doença foi confirmado na cidade. Animal foi encontrado morto na área central no dia 25 de janeiro.

Após a confirmação do primeiro registro de morte por febre amarela em um macaco de Poços de Caldas, a prefeitura decidiu ampliar os horários de vacinação para prevenir a proliferação da doença na cidade. O caso foi divulgado no fim da tarde desta quarta-feira (8) após ser notificado pela Superintendência Regional de Saúde de Pouso Alegre (MG).


"A melhor prevenção é a vacinação. Então a prefeitura, em mãos das notícias que já tivemos, nós ampliamos todas as salas de vacinas, inclusive aos finais de semana. Elas vão funcionar, as 19 salas de vacina, vão funcionar das 8h às 17h", afirmou Flávio Togni, secretário adjunto de Saúde de Poços de Caldas.

 

Os testes foram realizados na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que comprovou a doença. O animal foi encontrado morto no último dia 25 de janeiro na área central da cidade. No entanto, segundo o secretário, os moradores não precisam ficar alarmados.


"A população pode ficar tranquila. A partir do momento que a gente tem a confirmação da morte do macaco infectado, a gente recebe um suporte da [Superintendência] Regional de Pouso Alegre. Então tem vacina para todo mundo. Não precisa correria".


Outro medida tomada pela Secretaria de Saúde é a procura de possíveis focos do Aedes aegypti na região em que o animal foi encontrado. O mosquito, responsável por transmitir doenças como a dengue, o vírus da zika e a chikungunya, também é o vetor da febra amarela. "Existe uma busca ativa para saber se existe algum foco de contaminação de mosquito", explicou Togni.


Ossos quebrados
Por telefone, o secretário de Saúde de Poços de Caldas, Carlos Mosconi, explicou porque a morte do animal levantou suspeitas da doença.

 

"O macaco foi encontrado morto e com ossos quebrados em uma rua central da cidade. No laudo foi constatado atropelamento, mas ninguém viu se esse animal foi realmente atropelado. O que levou à essa conclusão foram os ossos quebrados, como se ele tivesse sido atropelado", explicou Carlos Mosconi.


Ainda segundo Mosconi, mesmo o animal tendo sido encontrado no Centro de Poços de Caldas, não há como afirmar que a contaminação tenha sido na área urbana.


"Ninguém pode afirmar, por isso vamos seguir o protocolo oficial do Ministério da Saúde. Toda a área próxima ao local onde o macaco foi encontrado será analisada. Um trabalho seletivo será feito na cidade para que possamos saber de onde poderia ter partido esta contaminação", disse o secretário.


O secretário informou ainda que o clima da cidade não é tão propício para a proliferação do mosquito que transmite a febre amarela. "O mosquito prolífera com mais facilidade em áreas mais quentes e sabemos que Poços tem um clima mais ameno, mais fresco. Não há motivo para que a população se desespere. A Secretaria de Saúde e a prefeitura estão tomando todas as medidas emergencias para que a nossa população fique imune à doença. Lembrando que não há caso de suspeita da doença em humanos na cidade", finalizou Mosconi.

 

Mais casos confirmados em Delfinópolis
A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou no último relatório divulgado sobre a doença o 4º caso de febre amarela que estava em investigação em Delfinópolis (MG). Uma terceira morte também foi confirmada no município. Em janeiro, a Secretaria de Saúde de São Paulo também confirmou a morte de uma turista, de Paulínia (SP), que havia viajado para a cidade.


Conforme o levantamento, até agora, 66 pessoas morreram de febre amarela em Minas Gerais. Minas Gerais já tem 190 casos confirmados neste ano.

 

Foto: Rede Globo

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Fonte - G1 Sul de Minas

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