Geada atinge cafezais e traz prejuízos a produtores em Muzambinho

14.06.2016

Em uma propriedade, 15 mil pés foram atingidos pelo frio de -2º C. Além das baixas temperaturas, chuva trouxe prejuízo na lavoura.

O frio atingiu muitas cidades no Sul de Minas nesta segunda-feira (13). Em Muzambinho (MG), os termômetros marcaram -2º C e isso provocou estragos nas lavouras. Uma propriedade com 15 mil pés de café foi atingida pela geada.

Na área que fica no campus do Instituto Federal de Muzambinho é possível perceber os estragos  causados pela geada tanto na lavoura em produção quanto nos pés em desenvolvimento plantados há três meses. Algumas folhas ficaram escuras, com a aparência de queimadas.
O cenário preocupa os professores, como o José Marcos de Mendonça. Segundo ele, o fenômeno ainda não deve comprometer a produção, mas dependendo da intensidade, a geada pode causar uma quebra na colheita atual e na do próximo ano também. “Tem situações onde a geada foi mais severa e pode acontecer uma queda precoce do fruto, que interrompe seu ciclo e cai”, disse.

A geada também causou estragos em outro cafezal do município. As plantas que ficam na área mais baixa foram mais afetadas. Muitas ficaram queimadas e os produtores calculam que 12% da área plantada foi atingida.
“Essa planta vamos fazer a colheita e esperar para ver qual será reação, mas vamos ter que fazer a poda”, comentou o cafeicultor João Luiz de Moraes.

 

Questionado, o engenheiro agrônomo e vice-presidente da Café Poços explicou que essa foi uma geada rasteira, que não chega a prejudicar os pés que estão em produção, porém, ele destaque a chuva deste mês deixou 40% dos grãos no chão.


“Se houver uma geada na lavoura com o café verde, automaticamente o ciclo está interrompido causando primeiramente má qualidade em termos de frio por causa da geada, porque ele cessa e segundo, porta aberta para fungos e a qualidade dos cafés deixa a desejar”, destacou.
Em Cabo Verde (MG), alguns produtores também se preocuparam com a geada, como é o caso de Renato Lima de Souza. Os termômetros marcaram 1 º C, mas a geada não atingiu o cafezal dele. “Se Deus ajudar que não ocorra nada, nós vamos continuar pelos próximos anos produzindo café”, pontuou.

 

*Foto: G1 Sul de minas.

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Fonte - G1 Sul de Minas

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