Boa perde outro patrocinador, mas diretoria ainda quer contratar Bruno

13.03.2017

Mais uma empresa decidiu rescindir contrato com o clube de Varginha na manhã desta segunda-feira; goleiro é esperado para fazer exames e assinar contrato

O Boa Esporte vive a expectativa da chegada do goleiro Bruno Fernandes ao centro de treinamentos do clube em Varginha (MG) nesta segunda-feira (13). O atleta é esperado para realizar exames e assinar contrato com o clube. Apesar de toda a comoção social e as críticas que vêm recebendo nas redes sociais, a diretoria do clube de Varginha afirma que não irá voltar atrás. Nem mesmo a possibilidade de perder patrocinadores assusta. 

 

Na manhã desta segunda-feira, mais um patrocinador anunciou que encerrou seu vínculo com o clube. A Magsul, clínica especializada em ressonâncias magnéticas, anunciou em suas redes sociais que também rescindiu seu apoio e patrocínio ao clube. Na noite de sábado (11), a Nutrends Nutritions, empresa de suplementos nutricionais, também anunciou que rescindiu contrato com o clube. 

 

A Cardiocenter Varginha, que presta serviços de avaliações médicas dos jogadores do Boa Esporte também se pronunciou. A empresa publicou um comunicado em sua página oficial no Facebook dizendo ter pedido para que a marca fosse retirada do site oficial do clube. A Góis & Silva, principal patrocinadora do Boa Esporte, informou que fará uma reunião com a diretoria do clube nesta segunda-feira e que também poderá encerrar o vínculo.


Site hackeado
Após o anúncio da contratação do goleiro Bruno na última sexta-feira (10), o site oficial do Boa Esporte Clube foi hackeado no início da tarde deste domingo (12). A página inicial, que trazia informações sobre o clube e os últimos jogos no Campeonato Mineiro, foi substituída por um texto com dados sobre feminicídio e questionamentos sobre a associação de empresas com o jogador.


Momentos depois, o Boa Esporte retirou a mensagem do ar, deixando somente uma página em branco.


Outro lado
Em nota oficial publicada no início da tarde deste domingo (12) e assinada pelo presidente do clube, Rone Moraes da Costa, o Boa Esporte afirma que "não foi o responsável pela soltura e liberdade do atleta Bruno, mas o clube e sua equipe, enquanto empresa e representada por seres humanos, dotada de justiça e legalidade, podem dizer que tentam fazer justiça ajudando um ser humano, mais, cumprem a legalidade dando trabalho a quem pretende se recuperar".  


No documento, o presidente diz ainda que "o tão procurado estado democrático de direito, a sociedade justa e fiel, a vida em sociedade, segundo critérios civilizados indicam de longa data que o criminoso colocado em liberdade deve ter atenção do estado, atenção suficiente para que possa restabelecer uma vida em sociedade. E ninguém pode negar que não existe vida em sociedade mais digna [do que a] vida no trabalho".

 

 

 

Confira a nota da diretoria do Boa Esporte na íntegra:

O que dizer da contratação do atleta Bruno?

 

O Boa Esporte clube. Equipe de futebol profissional em minas gerais, clube reconhecido nacionalmente, sendo campeão Brasileiro da Série C.

 

Convive nos últimos dias com uma avalanche de comentários nas redes sociais após noticia da contratação do atleta Bruno.

 

A cidade de Varginha que é conhecida pela possível aparição de um extraterrestre (ET) convive com a notícia da contratação do atleta Bruno.

 

A regra legal brasileira é a que todos, inclusive os criminosos mais perigosos, sejam submetidos a um julgamento honesto, imparcial e que a lei seja o fundamento da punição. Por sua vez, quando pensamos na aplicação da lei, certo ou não, suficiente o bastante ou não, justa o suficiente para o caso ou não, o que não podemos deixar de entender é determinado pelo cumprimento da lei. As consequências do erro humano possuem fundamentos de pena corporal. A lei dos homens indica a aplicação de penas variáveis de acordo de uma série de crenças, costumes e ideologias.

 

No Brasil os criminosos serão apenados com a prisão e, via de regras, colocados em liberdade, deve ser orientado, acompanhado e, não menos, pelo caminho de Deus.

 

Com certeza um dos motivos da evolução da pena que ela não seja transferida para outras pessoas, que seja pessoal, que não seja definida pela lei do Talião (olho por olho, dente por dente).

 

O tão procurado estado democrático de direito, a sociedade justa e fiel, a vida em sociedade, segundo critérios civilizados indicam de longa data que o criminoso colocado em liberdade deve ter atenção do estado, atenção suficiente para que possa restabelecer uma vida em sociedade. E ninguém pode negar que não existe vida em sociedade mais digna vida no trabalho. Quem nunca ouviu: o trabalho dignifica o homem? Então o argumento seria asqueroso, nojento ou imoral (a contratação do atleta Bruno), antes de mais nada, legalmente, faz parte da obrigação social da empresa, da sociedade em cooperar com a recuperação de um ser humano. Aqui não se condena a morte ou prisão perpetua. Enquanto isso não refletir a regra legal, a regra é que o egresso, o criminoso colocado em liberdade, possa obter meios de viver em sociedade, trabalhando e procurando dignidade em sua vida.

 

Onde estaria a contribuição de uma empresa esportiva quando cumpre a lei?  Diante desses argumentos podemos afirmar que o Boa Esporte Clube não foi o responsável pela soltura e liberdade do atleta Bruno, mas o clube e sua equipe, enquanto empresa e representada por seres humanos, dotada de justiça e legalidade, podem dizer que tentam fazer justiça ajudando um ser humano, mais, cumprem a legalidade dando trabalho a quem pretende se recuperar. 

 

O Boa Esporte Clube não esta cometendo nenhum crime conforme a legislação Brasileira e perante a lei de Deus. 


Boa Esporte Clube.
Rone Moraes da Costa
Presidente

 

Foto: Reprodução / Redes Sociais/ Régis Melo

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Fonte - Globo Esporte

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