Caso extraconjugal motivou morte de maratonista em MG, diz polícia

23.02.2017

João Vicente dos Santos estava desaparecido desde outubro em Alfenas. Segundo polícia, ele foi morto por colega de trabalho e companheira dela.

A Polícia Civil concluiu nesta quarta-feira (22) que o maratonista e técnico em enfermagem João Vicente dos Santos, desaparecido desde outubro do ano passado em Alfenas (MG), foi morto por uma colega de trabalho, que também é técnica em enfermagem. Diferente da linha de investigação que tratava o caso como latrocínio, a polícia informou que o crime foi passional. Outras quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no crime.


Ainda de acordo com os policiais, Joãozinho teria insistido para ter um caso extraconjugal com a colega de trabalho. Indignada com a situação, a mulher, com a ajuda da companheira dela, teria assassinado o maratonista em um quarto de motel.

 

"Durante o interrogatório, a Pamela falou que seria um crime passional, porque o Joãozinho estaria dando em cima da Mariângela, que seria a namorada dela. Posteriormente, parece que a Mariângela terminou com a Pamela, começou outro namoro e a Pamela ficou um pouco mais revoltada. Foi ai que a gente começou a puxar as pistas", explicou o delegado do caso, Márcio Bijalon.

 

Segundo a polícia, a colega de trabalho teria chamado o maratonista para ir ao motel. No local, ela e a companheira, que estava escondida no porta-malas do carro, mataram Joãozinho. "Deram um sonífero para ele. Ele dormiu e nisso a Pamela, ela estava no porta-malas, ela saiu e veio e aplicou uma injeção letal nele", disse Rômulo Bruno Lima, investigador da Polícia Civil.


Depois do crime, as duas mulheres teriam pedido ajuda para outras quatro pessoas para enterrar o corpo e sumir com o carro. Segundo a polícia, o casal vai responder por homicídio passional. Já os demais envolvidos responderão por furto e ocultação de cadáver.


"No nosso entendimento, a Mariângela e a Pamela responderão por homicídio, porque aparentemente é um crime passional. Agora os demais indivíduos, acredito que, ocultação de cadáver, com certeza, e furto, porque subtraíram os bens da vítima", concluiu o delegado.


A polícia informou ainda que, uma sétima pessoa suspeita de participar do crime, chegou a ser levada para a delegacia de Alfenas, mas prestar esclarecimentos foi ouvida e liberada.

 

Ossada encontrada
A ossada do maratonista foi localizada no início desta quarta-feira em um local de difícil acesso do bairro Cascalho, zona rural de Alfenas. Os restos mortais foram encontrados depois que a polícia prendeu durante a madrugada seis pessoas suspeitas de terem participado da morte de Joãozinho. Elas foram encontradas no bairro Jardim São Carlos.


Ainda segundo as investigações, o corpo do maratonista teria sido enterrado primeiro em Serrania (MG), mas devido à repercussão do caso, os suspeitos resolveram transferir o corpo da vítima para o local onde foi encontrado, em Alfenas.

 

Desaparecimento e suspeita de latrocínio
João Vicente tinha 51 anos e era conhecido em Alfenas por Joãozinho. O carro em que ele estava foi encontrado queimado e suspenso sobre blocos na noite do dia 26 de outubro. Ele tinha sido visto pela última vez no final da tarde. O atleta, que também era técnico de enfermagem, chegou em casa por volta das 17h e, depois, saiu para treinar. Segundo a esposa, Jaqueline Rosa, parentes e amigos contaram que viram Joãozinho treinando até por volta de 18h. Ele deveria buscá-la no trabalho às 18h50, mas, após esse horário, o telefone dele começou a dar fora de área.


Inicialmente, o caso foi tratado como desaparecimento, mas as investigações apontaram que possivelmente o maratonista foi morto. Em novembro, o sigilo bancário e telefônico de João Vicente foi quebrado e as buscas pelo corpo foram retomadas em janeiro. Com a localização dos dois objetos pessoais, a polícia tinha pelo menos três suspeitos de envolvimento na morte dele.


No dia 1º de fevereiro, uma aliança e um celular da vítima foram localizados, o que reforçou o latrocínio como principal linha de investigação.

 

Foto: Polícia Civil de Alfenas

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Fonte - G1 Sul de Minas

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