Produtores rurais de Muzambinho participam de protesto contra a PEC 287 em Poços de Caldas
16.02.2017
Manifestações aconteceram em 13 cidades de Minas Gerais.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Muzambinho em defesa da previdência social, na manhã desta quarta-feira (15) foi com dois ônibus a Poços de Caldas para participar da manifestação e paralisação da agencia do INSS.
Produtores rurais iniciaram um protesto em Poços de Caldas (MG) contra a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional 287, a PEC da reforma da previdência, que foi apresentada pelo Governo Federal no final de 2016 e é analisada por uma comissão do Senado há uma semana. A manifestação teve início às 9h, próximo à antiga estação Fepasa, e terminou em frente à unidade municipal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A reforma da previdência prevê mudanças na idade de aposentadoria e no tempo de contribuição do INSS. Segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Minas Gerais (Fetaemg), o protesto se concentra no impacto das novas regras na aposentadoria rural, caso sejam aprovadas.
“Além da mudança na idade da aposentadoria, os trabalhadores rurais terão que contribuir com o INSS por 25 anos, no mínimo, ao invés de contribuir com um percentual sobre a produção”, explica Carlos Roberto Vilela da Silva, assessor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Resende (MG), que responde pelo movimento no Sul de Minas.
De acordo com a federação, cerca 30 mil pessoas integraram os protestos em 13 cidades de Minas Gerais. Apenas em Poços de Caldas, pelo menos 5 mil manifestantes participaram. Além de agricultores de Muzambinho e Poços de Caldas, trabalhadores rurais de Nova Resende, Juruaia (MG), Boa Esperança (MG) e Varginha (MG) foram para o município com bandeiras e faixas.
“Precisamos nos mobilizar. A expectativa de vida dos trabalhadores rurais é menor do que 65 anos. Muitos deles nunca irão se aposentar”, observa Carlos sobre um dos trechos da PEC, que fixa em 65 anos a idade mínima para a aposentadoria no Brasil.
Foto: Carlos Roberto Vilela da Silva
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