Criança que morreu em piscina teria entrado na água logo após almoçar
10.01.2017
Menino de 5 anos morreu na tarde deste domingo em Poços de Caldas. Suspeita é que ele tenha passado mal na água e afogado em seguida.O corpo do menino Murilo Henrique de Oliveira, de 5 anos, foi enterrado na manhã desta segunda-feira (9) em Poços de Caldas (MG). O menino morreu afogado na tarde deste domingo (8) quando nadava em uma piscina pública que fica no Conjunto Habitacional. O atestado de óbito apontou que o menino morreu por asfixia físico-química, causada provavelmente por uma congestão, que pode acontecer quando a pessoa pratica uma atividade física intensa após as refeições.
“Não saia água nas passagens de recuperação. O que saia, realmente, era um resto alimentar, muita quantidade de comida”, explicou Luis Cobra, diretor técnico do Hospital Municipal Margarita Moralles.
O complexo onde Murilo se afogou pertence à prefeitura da cidade. No local, há uma piscina infantil própria para as crianças nadarem, mas Murilo estava em uma outra piscina, que é bem maior e chega a ter 1,70 metro de profundidade.
Para a dona de casa Edilaine Vilas Boas, que estava na piscina quando o acidente aconteceu, o resgate poderia ter sido bem mais rápido se a água estivesse limpa.
“Eu acredito que uma das causas do acontecido foi porque a água estava muito suja, porque se estivesse mais limpa a gente tinha visto ele e alguém tinha resgatado, mas [só] viram ele depois de muito tempo que ele estava lá debaixo da água”, disse a dona de casa.
A criança foi encontrada por banhistas em um canto da piscina, onde há uma espécie de cascata de água. O menino estava há cerca de um metro de profundidade e já estava desacordado quando foi retirado da água.
O salva-vidas do local afirma que estava no posto dele, de onde se vê bem o local onde a criança se afogou. Ele disse que resgatou o menino em poucos segundos e iniciou os procedimentos para tentar reanimá-lo. O resgate também contou com a ajuda do Samu.
"Quando a gente retirou a criança e fizemos os primeiros socorros nela, retiramos muita comida e quem estava do meu lado, me ajudou a fazer isso", disse o salva-vidas do local, Cristiano Aparecido Domingues.
O menino foi levado pelos próprios moradores para um hospital que fica perto das piscinas. Ele deu entrada com parada cardiorrespiratória e teve a morte constatada após 40 minutos.
"É uma dor que não tem explicação, porque quando você perde pai e mãe se torna órfão, quando perde marido e mulher se torna viúvo, mas quando se perde um filho a dor é tão intensa que ainda não se arrumaram um nome para essa dor", disse o tio avô de Murilo, Márcio Tavares.
A Polícia Civil deve abrir um inquérito para investigar as causas da morte. Sobre a cor da água da piscina, o secretário municipal de Esportes e Lazer, Wellington Guimarães, disse que a limpeza é feita toda segunda-feira.
Já o vereador Pedrinho da zona Sul (PSDB), protocolou na tarde desta segunda-feira um ofício solicitando que a prefeitura interdite o Complexo Aquático imediatamente. Segundo ele, o local oferece risco aos moradores.
Fotos: Reprodução EPTV

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