Produtor do Sul de MG fecha 2016 com o café mais valioso do país

04.01.2017

Empresa japonesa pagou R$ 90 mil por cinco sacas do produto. Fazenda de Santo Antônio do Amparo conseguiu valor em leilão no exterior.

Uma fazenda do Sul de Minas bateu recorde com o maior preço de café já vendido na história do Brasil. Das 10 sacas levadas a um leilão internacional, cinco foram arrematadas por uma empresa japonesa, que pagou R$ 18 mil por cada uma delas, de 60 quilo. A fazenda onde nasceu essa riqueza fica em Santo Antônio do Amparo (MG), uma região onde a geografia e o clima ajudam muito.

 

"Boas condições de altitudes elevadas e relevo mais plano, proporcionando uma situação mais favorável para a produção de café", disse o gestor da cooperativa de cafés especiais, Fabrício Andrade.

 

A variedade premiada foi o "Catucaí Amarelo". Além da qualidade, a produção também teve quantidade. A lavoura produziu cerca de 65 sacas por hectare, mas só os melhores grãos foram colhidos numa colheita seletiva.

 

"A gente tinha aquele cuidado de levar no mesmo dia para o terreiro para não deixar passar da hora", disse o gerente da fazenda, Modesto de Castro.

 

Na fazenda, a planta recebe tratamento vip e o manejo é repleto de cuidados. "Nós conseguimos fazer um manejo diferenciado em termos de fertilidade para não deixar a lavoura desequilibrada", disse o engenheiro agrônomo Wesley de Castro.

 

Dedicação que se alia à tecnologia. Cinquenta dos 70 hectares da lavoura são irrigados, o que é uma garantia em tempos de clima instável. Cada detalhe faz a diferença e os tratos culturais vêm todos na medida certa.

 

O café natural recebeu 90,5 pontos no principal concurso do setor, promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Este foi apenas o primeiro leilão internacional da fazenda e o segundo ano de produção de cafés especiais.

 

"É um café exótico, com notas de mel, erva doce, notas de acidez cítrica, frutas amarelas, é um café muito rico em aromas e sabores, que faz um diferencial", disse o degustador João Marcos Botelho.

 

A esperança agora é manter a mesma qualidade para 2017. "A gente vai tentar de novo este ano, ver se a gente consegue fazer mais", completou Modesto de Castro.

 

Foto: Reprodução EPTV Sul de Minas

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Fonte - G1 Sul de Minas

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