Fechamento de escola preocupa pais de alunos especiais em Alfenas

09.12.2016

Instituição deve encerrar atividades no dia 31 de dezembro deste ano. Jovens devem ser realocados para a Apae, que funciona no mesmo local.

O fechamento da Escola Estadual Esperança tem preocupado os pais dos alunos em Alfenas (MG). A escola é especializa no ensino para alunos especiais e foi informada que terá que encerrar as atividades no dia 31 de dezembro. Os alunos devem ser realocados para a Apae da cidade.


A rotina da escola estadual é como a de outra qualquer. A diferença é que como a educação é voltada para o ensino especial, os alunos contam não só com professores, mas também com oficinas e profissionais técnicos para ajudar no desenvolvimento e na inclusão social.


"Esse corpo técnico tem nos ajudado bastante esse ano, como todos os profissionais aqui da escola, fazendo com que o aluno que tem perfil, e a família assim querendo, possa estar sendo incluído nas escolas da rede e tendo um acompanhamento por parte da nossa escola", conta o diretor da escola, Lênin Rachid Carvalho.

 

Atualmente a instituição atende 125 alunos e já tinha 58 deles inscritos para 2017. Segundo a superintendente regional de ensino, Arlete Ramos, o motivo para o fechamento é justamente a demanda, que vem diminuindo.


"A escola Esperança coabita com a Apae, que tem a mesma modalidade de ensino. E cada ano, a gente vê que a demanda está reduzindo. E a nossa perspectiva da inclusão, ela está acontecendo. A gente acredita na inclusão, o Estado. E lá vai ficar uma demanda muito pequena e, quer dizer, esses meninos vão ser assistidos nas escolas regulares. Em média vão ficar 58 alunos, então não tem porque ficar com duas escolas, que são a Apae e a escola especial, no mesmo ambiente, oferecendo a mesma qualidade de ensino", diz.


Mesmo assim, muitos pais e responsáveis se sentem inseguros e temem que os estudantes tenham que ir para outras escolas, já que a Apae recebe apenas alunos com laudo médico atestando a necessidade de atendimento especial.


"Nós ainda não fomos notificados. Os alunos que estão lá dentro não foram notificados, os outros pais não foram. Nós aqui [que] fazemos parte do colegiado estamos anunciando aos outros pais", diz Karina Aparecida da Silva Oliveira, mãe de um dos alunos.


"Eu estou revoltada, porque Deus sabe o que eu sofri nesses 11 anos procurando espaço adequado para ela, um lugar onde ela se sentia feliz, se sentisse feliz, que ela não fosse discriminada por ser como ela é. Uma criança amorosa, carinhosa. Tem algumas dificuldades, algumas limitações. E ela nunca tinha sido recebida e tratada com tanto carinho", afirma Ivana Miranda, mãe de outra aluna.

 

Mas a diretora pedagógica da Apae, Nadir Alves, tranquiliza os pais. De acordo com ela, uma portaria de 2015 da Secretaria Estadual de Educação credenciou a entidade para receber esses estudantes.


"A Apae teve autorização no final de 2015. A partir do ano de 2016, a Apae está credenciada a receber todos esses alunos. Eles vão ter educação infantil, ensino fundamental, EJA, oficinas pedagógicas, oficinas profissionalizantes, oficinas terapêuticas, centro de convivência e centro dia. Que a Apae atende não só educação, mas na saúde e principalmente na assistência social", explicou.


Quanto ao laudo médico atestando a necessidade de atendimento especial para estudar na Apae, a diretora pedagógica afirmou que a entidade também está credenciada a fazer o diagnóstico, com uma equipe multidisciplinar.

 

Foto: Reprodução EPTV

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Fonte - G1 Sul de Minas

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