Historiador fala sobre as traves da Copa do Mundo de 1950

03.07.2014

Fernando Magalhães esteve nos estúdios da Atividade FM falando sobre o assunto.

No último sábado, Evandro Moreira e Marcos Cândido receberam no Programa Bom Dia Atividade especial, o ex-secretário de cultura de Muzambinho, Fernando Magalhães, um pesquisador que melhor sabe contar sobre as lendárias traves da Copa do Mundo de 1950. 

 

Fernando Magalhães e o ex-jogador uruguaio Ghiggia


De acordo com Fernando, as traves estavam abandonadas no campo de futebol de zona rural há pelo menos 40 anos, e Muzambinho não tinha totalmente o trabalho de preservar a memória da cidade. 


Para o pesquisador “Essas traves tem um valor histórico ligado ao futebol brasileiro e internacional, e talvez seja o único objeto que restou da Copa de 50, visto que a taça Jules Rimet foi roubada e derretida”. 


Na época foi realizado um trabalho onde as traves foram trazidas do Macaranã para o Estádio Municipal Professor Antonio Milhão, e depois foram levadas para o bairro Alto do Anjo, e naquele momento as pessoas não sabiam o valor histórico do objeto. Fernando disse que as traves são as originais e não deviam ter sido levadas para a zona rural, pois com o tempo elas estragariam, o que de fato aconteceu.


Entre 1995 a 2000, quando Fernando era Secretário de Cultura de Muzambinho começou a fase de implantação de um Museu para preservar a história da cidade através de seus objetos, e se ouvia falar muito das traves. Segundo ele, nessa época quem lutava para preservar o material era o Senhor José Sales, pai do Célio Sales, que já escreveu sobre esta história em 1994. 


A jornalista do jornal “O Dia” do Rio de Janeiro, Márcia Vieira, foi provavelmente quem ligou as datas e confirmou as informações, após o contato com as pessoas envolvidas em Muzambinho, com a Fifa e com o time do Olaria (RJ), que realizou um amistoso na cidade para a “estreia” das traves – amistoso esse no qual a equipe de Muzambinho foi goleada por 12 a 0. 


A imprensa brasileira já noticiou sobre as traves, e muito se vê as informações desencontradas sobre essa passagem, livros publicados dizendo que o Goleiro Barbosa, queimou as traves em um churrasco, ou que apenas uma das traves foi queimada. Para Fernando as duas traves foram trazidas para Muzambinho, e quando levada para a zona rural elas estavam em pedaços, foram usadas como estrutura para cercas e curral de animais e não foram usadas com má intenção, pois após saber da história, a família que mantinha as traves, fez questão de guardar uma relíquia, e o que sobrou foi levado para o Museu da Cidade onde atualmente fica em exposição. 


O pesquisador ainda fez uma comparação da Copa de 50 com a de 2014, onde relata que a primeira Copa no Brasil houve o atraso na entrega das obras do Maracanã, inclusive, o estádio foi entregue com andaime, ocorreu morte de operários, denúncias de superfaturamento, brigas com a Fifa, além da Concentração da seleção ter sido foi invadida por jornalistas, assim, vários problemas daquele mundial se assemelham com o deste ano, e isso retrata a cultura brasileira em deixar tudo para a última hora. 


Para Fernando, o lado bom do Brasil sediar e organizar um megaevento esportivo é a projeção que o País terá para o resto do Mundo.  

 

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Fonte - Redação Atividade FM Autor - Fagner Passos

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