Câmara rejeita projeto de redução de salário de vereadores em Guaxupé

25.10.2016

Pagamentos seriam reduzidos de cerca de R$ 5,4 mil para R$ 4,2 mil. Com oito abstenções, projeto foi recusado nesta segunda-feira (24).

A Câmara de Vereadores de Guaxupé (MG) rejeitou nesta segunda-feira (24) um projeto de lei que propunha a redução dos salários dos vereadores. A iniciativa visava reajustar os pagamentos de aproximadamente R$ 5,4 mil para R$ 4.208,03.


O projeto inicialmente pretendia reduzir os salários para R$ 2,5 mil, mas após discussão na câmara, o presidente da casa, Durvalino Gôngora de Jesus, um dos autores da proposta, fez a substituição pelo valor que foi votado. Mesmo assim, oito dos vereadores preferiu não votar, e o projeto foi rejeitado.


A proposta foi elaborada após as eleições 2016, em que apenas dois dos candidatos conseguiram se reeleger. O presidente da câmara, no entanto, nega que tenha havido uma reação pelo mau resultado nas urnas.


"É o enxugamento da folha e hoje, como nós temos a possibilidade, e vários... vocês podem pegar o Rio Grande do sul, 90% das cidades do Rio Grande do Sul, Minas Gerais muito. Eles diminuíram o subsídio dos vereadores, reduziram o subsídio", afirmou Gôngora.


Mas mesmo quem não foi reeleito questionou a proposta. "Depois que passa a eleição, abaixar salário, eu não concordo. Porém existe uma possibilidade de eu concordar, desde que abaixe a partir de agora. Se abaixar o nosso salário, aí nós não corremos risco na Justiça. Porque nós abaixamos o nosso salário, consequentemente vai repercutir lá pra frente", afirmou o vereador João Batista.


A assessoria de comunicação da Câmara de Guaxupé informou que a mesa diretora deve montar um novo projeto e apresentar nos próximos dias, mas que ainda não se sabe qual será o novo salário proposto.


Farra das Diárias
Em feveiro deste ano, o Ministério Público pediu a cassação de 12 dos 13 vereadores da Câmara de Vereadores da cidade. O motivo, segundo a promotoria, seriam as supostas fraudes de diárias em viagens, que somam mais de R$ 158 mil. O caso que ficou conhecido como a "Farra das Diárias" pode ter contribuído para que a população rejeitasse os políticos investigados.

 

Foto: Reprodução EPTV

 

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Fonte - G1 Sul de Minas

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