Clube de assinatura de livros infantis quer se tornar referência em Poços de Caldas

14.09.2016

Empreendimento quer se tornar primeira opção para recém-formados. Com pouco mais de 2 anos, "Leiturinha" é destaque no cenário nacional.

Quem passa por uma casa que fica em uma das ruas centrais de Poços de Caldas (MG) nem imagina que naquele imóvel funciona uma empresa que que está se especializando em vender sonhos.

 

Fica difícil imaginar ainda que, naquele local, em torno de 55 pessoas trabalham para levar momentos especiais até a residência de muitas crianças espalhadas em várias partes do Brasil.

 

A casa abriga o Clube de Assinatura "Leiturinha", um projeto que comercializa livros infantis na internet e, que em pouco mais de dois anos, já conquistou assinantes em várias cidades brasileiras, ganhando destaque no cenário nacional do segmento.

 

Os livros, em questão, são selecionados por uma equipe especializada que escolhe as histórias de acordo com a faixa etária de cada criança. Os assinantes recebem os títulos em casa junto com uma cartinha explicativa para os pais, que são peças fundamentais para que as histórias atinjam os filhos.

 

O projeto criado em maio de 2014, nasceu da experiência de vida dos próprios idealizadores: o engenheiro mecânico Guilherme Martins, que vive em São Paulo, de onde acompanha tudo, e dos engenheiros de computação Luiz Castilho e Rodolfo Reis.

 

“Na época, em 2014, o modelo de assinaturas no Brasil estava voltando, porque o modelo estava meio desacreditado. Foi então que desenvolvemos [através da minha outra empresa] uma plataforma para uma empresa PET e pensamos em algo desse modelo voltado para mulher ou criança, porque são públicos consumistas. Daí, pensamos em algo que gostávamos de fazer com os nossos filhos, e por unanimidade, a leitura ganhou”, explicou um dos sócios da "Leiturinha", Rodolfo Reis.

 

Cabeças jovens
Composto em sua maioria por jovens profissionais, o empreendimento quer se tornar referência e a primeira opção para os recém-formados em diversas áreas da comunicação, marketing e administração, entre outras.


"Queremos que os recém-formados queiram trabalhar conosco, que nos procurem interessados em contribuir com boas ideias. Nossos últimos processos seletivos já foram bem bacanas. Acreditamos que é esse caminho que queremos continuar tomando", afirma Rodolfo Reis.

 

Oportunidade que a jovem Isabela Gonzaga, de 22 anos, não deixou passar. Em junho deste ano, ela se formou em Publicidade e Propaganda. Antes disso ela ocupava o cargo de estagiária no clube de assinatura.

 

“A 'Leiturinha' foi fundamental pra eu saber o que fazer pós-faculdade. E, então, mesmo que eu não fosse contratada eu já sabia em que área eu queria atuar. E saber que eu estou numa empresa com potencial enorme e que só tende a crescer é o que importa. Eu sinto que estou ajudando a empresa a crescer e ela me ajudou nesse crescimento também. É uma empresa nova, comecei nova e isso conta muito”, diz a publicitária.


A ex-estagiária conta ainda que "o bem-estar dos funcionários dentro e fora do ambiente corporativo é prioridade". E a recém-contratada garante que só tem chance na Leiturinha quem está sempre atualizado, conectado com novas ideias e buscando novidades que se destaquem e surpreendam os diretores da empresa.
“Aqui a gente sempre precisa de novas ideias, novas cabeças. Então, a empresa só contrata pessoas jovens com muitas ideias que pensam fora da caixa. Tudo o que é novo, o que foge da mesmice e foge do padrão é trabalhado aqui dentro. Esse modelo foge do padrão das empresas da cidade. Aqui, o critério é ser proativo”, afirma Isabela.


Diferenciada
Na empresa ninguém bate cartão de ponto, as salas são comunitárias e a decoração também é um tanto quanto diferente da maioria das empresas. Por lá, algumas paredes ganharam desenhos feitos pelos próprios funcionários, existem puffs espalhados por todos os cantos. E, ainda em desenvolvimento, o espaço abrigará uma sala de jogos, onde os funcionários poderão relaxar e se divertir antes, durante e depois do expediente.


"A gente sai do convencional aqui em Poços. Aqui, não tem esse negócio de horário. Tentamos criar um ambiente super descontraído, tem a sala de videogame, a gente faz bastante happy hour. Com isso, queremos estimular o senso de responsabilidade de cada um e retribuir para o crescimento de todos. As pessoas sentem essa liberdade mas, ao mesmo tempo, elas sabem que elas vão ser cobradas", conta um dos sócios.

 


O empreendimento que segue em plena expansão precisou passar por mudanças físicas em meados deste ano. O clube que antes funcionava em um espaço que não chegava a 200m², hoje, ocupa um imóvel com quase 900m². Mas se engana quem pensa que a ideia é parar por ai.


"A gente tem um plano muito ambiocioso, queremos nos tornar um polo de referência, quase que como um Vale do Sílicio, mas aqui em Poços. Queremos fazer com que as pessoas que estão saindo da faculdade queiram trabalhar conosco", afirma um dos empresários.


Além da liberdade, outra diferença, se comparada com a maioria das empresas da cidade, é que na "Leiturinha" os chamados 'chefes' não possuem sala própria. Tanto Luiz Castilho como como Rodolfo Reis, dois dos três sócios do clube, trabalham em ambientes descontraídos.

 

Ideia que deu certo
Em 2014, o empreendimento não era o ganha pão dos engenheiros, mas a ideia deu tão certo que, em pouco mais de dois anos, já são quase 55 pessoas envolvidas. De acordo com um dos sócios, o clube não vende apenas livros infantis.


"Quanto custa estar com o seu filho? Quanto custa arrancar um sorriso do seu filho? Por isso, nós insistimos em dizer que não vendemos livros. A gente vende momentos, vendemos sonhos e experiências inesquecíveis e marcantes entre pais e filhos", explica Rodolfo Reis.

 

Para se ter uma ideia do sucesso, na trajetória destes dois anos de existência, a empresa coleciona números impressionantes. Foram milhares de kits enviados todos os meses para crianças de mais de 2,3 mil cidades brasileiras.


Reunindo todos os livros que a "Leiturinha" já enviou, até hoje, daria para distribuir 1 mil deles em cada país do planeta. Além disso, são mais de 14 mil horas de leituras compartilhadas. E, se todos os kits enviados fossem colocados na balança, o peso seria equivalente a 23 elefantes.

Experiência própria
Pai da pequena Giovana, de 3 anos, Luiz Castilho, um dos sócios, conta que o projeto nasceu em uma tarde, mas que até que o kit fosse entregue da forma como eles queriam, foram feitos muitos testes.

 

"Os kits são enviados para os nossos filhos também. A cara da minha filha ao receber o pacote todo mês é demais. Chega a emocionar. E, não tem preço que pague ganhar momentos de leitura em família. Mas até que o kit chegasse da forma com que a gente queria demorou. Mudamos a embalagem, testamos perfumes e até a forma com que o pacote é fechado", explica Castilho.

 

Ainda segundo Castilho, só quando o pacote chegou completamente intacto nas mãos da pequena Giovana é que os sócios ficaram satisfeitos. "Hoje o pacote chega e a minha filha já vem toda feliz, porque sabe que teremos leitura em família. É isso que queremos transmitir para os nossos assinantes. Cada detalhe é pensado para que o cliente esteja sempre satisfeito com a compra".


Como funciona?
O clube conta com três modelos de assinatura: o Uni, que entrega um livro (R$ 34,90 por mês); o Duni, com dois livros (R$ 54,90 ao mês); e o Presente, que entrega dois livros para quem quer uma única postagem (R$ 69,90). Ainda acompanham o item principal, adesivos e marcadores.


O público-alvo do empreendimento são crianças com até 10 anos de idade e, assim, como em vários clubes de assinatura, o trabalho de curadoria também é levado em conta na empresa. “Temos uma equipe que seleciona os livros de acordo com cada faixa etária e didática", explica o empresário Luiz Castilho.

 

A partir a escolha dos livros, é montado um kit exclusivo para cada assinante. O kit é composto por uma carta pedagógica com a justificativa dos títulos e quais os pontos a serem trabalhados com a criança na hora da leitura.

 

(Foto G1Sul de MInas)

 

 

*Foto: G1 Sul de Minas.

 

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Fonte - G1 Sul de Minas

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