Fim da colheita do café é responsável por metade das demissões em julho

29.08.2016

Dez maiores cidades do Sul de Minas fecharam 2,4 mil vagas no mês. Agropecuária é responsável por 50,2% dessas vagas na região.

As 10 maiores cidades do Sul de Minas registraram o fechamento de 2.433 vagas de emprego durante o mês de julho, conforme os últimos dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

 

O setor que mais influenciou no número negativo é a agropecuária, que devido à fase final da colheita do café, dispensou 1.222 trabalhadores. Conforme o Centro de Comércio do Café, resta apenas 10% da safra a ser colhida. 

 

Outro setor que também registrou números negativos é o de serviços. No mês de julho, foram fechadas 745 vagas somente nesse setor. O comércio fechou 227 vagas e a indústria, 167. Os únicos setores que apresentaram números positivos foram serviço industrial e construção civil, 17 e 14 respectivamente.

 

Entre as cidades, Alfenas (MG), que depende muito da colheita do café, foi a que registrou os piores números. Ao todo foram fechadas 817 vagas em julho. Varginha fechou 337; Pouso Alegre, 334; Poços de Caldas, 311 e São Sebastião do Paraíso, 221. Nenhuma das 10 maiores cidades registrou número positivo de geração de empregos em julho. A que menos fechou postos de trabalho foi Itajubá: 39 vagas.


Saldo positivo no ano
Apesar do mau desempenho de julho, no ano, a geração de empregos segue positiva nas 10 maiores cidades do Sul de Minas. O saldo geral é positivo em 2.790 vagas, graças à agropecuária, que gerou 4.471 postos de trabalho no ano. Na contramão desses dados está o comércio, que em sete meses, fechou 1.569 vagas nas 10 maiores.


Entre as cidades, Três Pontas se destaca com geração de 1.400 vagas no ano, sendo 92,6% delas na agropecuária, impulsionado pela colheita do café. Alfenas (+692), Três Corações (+506), Varginha (+504), Passos (+444) e São Sebastião do Paraíso (+433) também apresentam números positivos no ano.


Já Poços de Caldas e Itajubá preocupam quando o assunto é geração de empregos. Em Poços, o saldo de 2016 é de fechamento de 785 vagas, sendo que só o comércio foi responsável por menos 468 postos de trabalho. Já Itajubá tem saldo negativo de -464 vagas no ano. O comércio também é o vilão na cidade, com 168 vagas fechadas no setor.

 

Comparação com 2015
Na comparação entre janeiro a julho de 2016 em relação ao mesmo período de 2015, a situação é animadora. Se até agora o saldo geral das 10 maiores cidades é positivo em +2.790 vagas, no mesmo período de 2015, tínhamos saldo de +1.749 postos de trabalho.


Em 2015, as cidades cujas economias são baseadas na colheita do café também apresentavam número positivo de contratações, enquanto Poços de Caldas e Itajubá continuavam apresentado os piores números de geração de empregos. A única diferença é que até julho de 2015, Itajubá apresentava fechamento de 659 vagas na indústria contra apenas 164 de agora. Já Poços também sofria com o comércio, fechando 577 vagas no setor, contra 468 de agora.

 

(Foto G 1 Sul de Minas)

 

*Foto: G1 Sul de Minas.

 

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Fonte - G1 Sul de Minas

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