ONG que sobrevive de doações passa por dificuldades e tem verba retirada pela prefeitura.
09.04.2014
ONG que sobrevive de doações, passa por dificuldades e tem deixa de receber verba da prefeituraNesta semana a equipe de reportagem da Atividade FM entrevistou Lupinha, voluntária da Ong Jovina Rocha Prado de Muzambinho, na ocasião foram tratados assuntos sobre o atendimento e funcionamento da associação, campanhas, conscientização e de adoção de animais.
A ONG de proteção a cães e gatos Jovina Rocha Prado é uma associação de proteção aos animais, que prioriza o atendimento a cães. Lupinha lembra que a Ong não é um Canil, e sim um hospital, onde os animais que necessitam de tratamento devido aos maus tratos, abandono, acidentes e descuido recebem toda a atenção, e é necessário que as pessoas entendam que não é um depósito de animal, não funciona dessa maneira, uma que a capacidade de atendimento já praticamente dobrou, de 90 para 198 animais, e o necessário seria a construção de canil público na cidade.
A ONG é uma entidade não governamental e possui toda legalidade de documentação, inclusive todos os animais possuem um cadastro completo (nome, raça, idade, foto), a entidade é mantida por doações e por voluntários.
Vale lembrar que todos os bairros de Muzambinho existem pessoas protetoras dos animais, e que colaboram da forma que podem com a ONG, Lupinha e outros integrantes saem diariamente para alimentar os cães que são cuidados por estes voluntários, e o interessante é que ao ouvir o assovio da voluntária os animais começam a surgir de todos os lados.
A campanha forte da ONG é a castração de animais, Lupinha destaca que é um projeto que tem o controle populacional dos animais, e a castração acontece todo dia, sendo que esse controle, durante os anos de existência da associação, já retirou das ruas de Muzambinho cerca de 15 mil cães.
O serviço da ONG pode ser solicitado a qualquer momento sendo que ao ver um animal acidentado, ou que não possuía nenhum cuidado, deverá entrar em contato com a ONG para que seja realizada uma primeira avaliação, sendo que se o cão solto for avaliado como sadio, não se pode levar para a sede, pois a prioridade é de salvar os animais doentes e que necessitam de tratamento, e também muitas pessoas protetoras da cidade cuidam do animal em casa, e o tratamento pela ONG acontece nos domicílios e também nas ruas.
Perguntado das dificuldades que entidade passa e se tem o apoio de autoridades, Lupinha diz que toda entidade sem fins lucrativos passam por dificuldades, pois é uma entidade mantida por doações e pela boa vontade das pessoas, portanto, todas as doações como, material de limpeza, ração, medicamentos são muito bem aproveitado. Ainda segunda a voluntária, neste ano não saiu nenhuma subvenção para a Ong.
Anteriormente a Prefeitura arcava com os gastos de dois profissionais que atendiam os animais, porém com o concurso e remoção de alguns profissionais do cargo, a prefeitura deixou de prestar esse serviço.
A ONG sugere que os vereadores e autoridades, possam elaborar um projeto para que a prefeitura tenha essa responsabilidade de colaborar com a associação.
Várias campanhas são feitas na cidade, como a de arrecadar ração e de vacinação dos animais, existe também um Bazar que acontece na casa do Fernando, que é um voluntário, e as pessoas podem comprar alguns produtos com preço acessível, todo dinheiro arrecado é repassado para a manutenção da ONG.
Lupinha destaca também a adoção dos cães, todo o tratamento é feito, e quando o cão se torna sadio, é colocado para adoção, e um controle onde as pessoas estabelecem algumas características que querem no animal, facilita e agiliza o processo, além das pessoas poderem ir visitar a ONG e fazer esse gesto de carinho.
Ao final da entrevista Lupinha pediu empenho da população no ato de policiar o que acontece com os animais, se for abandono, maus tratos, que realizem a denúncia para o telefone 35 9229-6121 ou pelo 190 da policia militar, e que principalmente ajudem a monitorar os animais da cidade. Também pediu mais atenção dos motoristas, pois existe um grande número de acidentes na cidade causados por estes condutores, e que não se omitam aos cuidados prestando socorro necessário, que assuma os erros, pois também se trata de uma vida.
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