Polícia conclui inquérito e diz que não houve estupro coletivo em Machado
28.06.2016
Investigação começou após mãe de uma das jovens procurar a polícia. Meninas voltaram atrás e negaram que o crime tenha acontecido.A Polícia Civil deu por encerrado o caso do suposto estupro coletivo que teria acontecido com duas jovens de 15 anos em Machado (MG). De acordo com o delegado responsável pelo caso, Juliano Lago, a irmã de uma das adolescentes teria convencido as duas a mentir para a família e para a polícia.
O caso começou a ser investigado na última quinta-feira (23) após a denúncia da mãe da outra adolescente. Ela disse à policia que a filha e a amiga haviam sido sequestradas por um grupo de rapazes, levadas para um cativeiro, dopadas e violentadas. Durante a procura por um dos suspeitos, houve troca de tiros com a polícia.
No entanto, na sexta-feira (24), o Ministério Público emitiu uma nota dizendo que o crime não havia acontecido. Para a polícia, o crime não aconteceu.
"Ao inventar essa situação toda foi o quê? Gerar um desconforto nos desafetos de um bairro diverso e, com base nisso, o quê? Estancar uma rivalidade ou estancar uma agressividade desse bairro para com o bairro delas", disse o delegado.
Durante as investigações, a policia ouviu 22 pessoas, mas foi o comportamento das jovens que chamou a atenção dos investigadores. "Normalmente as vítimas de estupro se apresentam muito abaladas, o que não se demonstrou em relação às adolescentes, que foram ouvidas na delegacia", explicou o delegado regional, Thiago Gomes Ribeiro.
As jovens passaram por exame de corpo de delito. "Uma que teve relação sexual foi totalmente consentida, e a segunda que não teve relação sexual falou que ficou, no linguajar delas, com o menino de forma totalmente consentida", completou Lago.
Segundo as investigações, foi a irmã de uma das adolescentes quem planejou tudo. Ela teria convencido as menores a mentir e a agora pode responder criminalmente por isto. A irmã da jovem contesta.
"Como que a gente ia inventar uma coisa dessas? E outra, as meninas não iam inventar uma coisa dessas também não, por que quem que ia se expor a uma vergonha dessas para todo mundo ficar sabendo sendo mentira? Ninguém é louco de fazer uma coisa dessas não”, diz.
Os pais de uma das meninas, no entanto, insistem em dizer que ela foi violentada. Nesta segunda-feira (27), a menor passou por tratamento psicológico. A família dela vai tentar reabrir o inquérito, mas para a polícia o caso já foi esclarecido.
"Isso é um fato muito grave, você imputar um crime a outra pessoa sendo que esse crime não ocorreu", afirma Ribeiro.
*Foto: G1 Sul de Minas.

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