Os vereadores de Muzambinho debateram um assunto bastante inusitado durante a reunião ordinária da Câmara da noite da última segunda-feira (02). A oposição ao Prefeito questionou o fato de algumas licitações da Prefeitura de Muzambinho terem sido vencidas por empresas de Monte Belo.

João Batista Vasconcelos, o João Pesão, considerou um desprestígio para com o comércio de Muzambinho a Prefeitura local ter comprado tijolos e outros materiais para construção de pontes e mata-burros. Para o vereador, em Muzambinho há produtos de melhor qualidade com preços menores. João Pesão também questionou a transparência das licitações realizadas.

Silene Cerávolo, que também é oposicionista, seguiu a mesma linha do colega João Pesão e disse que gostaria de participar das licitações, afirmando que não fica sabendo quando os pregões acontecem. Silene também questionou o fato de empresas de Monte Belo terem ganho várias licitações, como a da Farmácia Popular e a cobertura da quadra do Jardim dos Imigrantes.

O vereador Cristiano de Almeida saiu em defesa da Administração, citando a legalidade dos processos licitatórios, para que se busque sempre o menor preço e a melhor qualidade dos serviços contratados pelas entidades públicas. Cristiano afirmou ter o desejo que empresas muzambinhenses ganhassem sempre as licitações, mas, na sua ótica, há que se ver o outro lado, ou seja, o intuito de zelar pelo dinheiro pago pelo contribuinte.

Em resposta a Silene Cerávolo, que havia dito que gostaria de ser convidada para presenciar os processos licitatórios, Cristiano apontou que as licitações são publicadas na internet e na imprensa oficial da Prefeitura, que é o jornal impresso de circulação local, e que os vereadores têm a obrigação de acompanhar e fiscalizar o poder público.

A reunião dos Vereadores também foi marcada pelo pronunciamento de Daniel Ferraz, que anunciou que já se encontra em processo de licitação as obras de asfaltamento de diversas ruas no bairro Vila Bueno, inclusive o acesso à cidade pela Rua Bruno Léo e a rua lateral à antiga malharia Adélia Castro (onde hoje funciona o Lyceuzinho), com recursos do programa Pró-município, do Governo Estadual.