O homem de 26 anos que foi preso preventivamente suspeito de matar a adolescente Giovanna Costa de Cillo, de 14 anos, em Alfenas (MG), prestou depoimento nesta terça-feira (1º) para a polícia e admitiu que esteve com a jovem.

No entanto, ele continua negando o crime.

Segundo a polícia, o rapaz e Giovana estiveram em um bar por volta de 4h. Cerca de 45 minutos depois, a jovem foi encontrada morta no local conhecido como "Estrada do Pântano".

A jovem tinha marcas no pescoço e estava sem as roupas íntimas. Uma testemunha contou que viu Giovana acompanhada de um homem momentos antes dela ser assassinada.

A testemunha também disse ter visto uma moto vermelha. A polícia já apurou que o rapaz tem uma moto da mesma cor.

"Hoje, com acesso aos autos que o advogado teve, ele já alterou a versão. Disse que realmente passou no bar, chegou até a cumprimentar ela e que a conhecia de vista.

Ele alega que somente esteve no bar, que ela estava lá e chegou a cumprimentar, mas não conversou com ela, é o que ele alega. Agora estamos atrás de testemunhas que tenham visto eles conversando ou saindo juntos", disse o delegado que investiga o caso, Márcio Bijalon.

O suspeito chegou a ser torturado por desconhecidos para confessar o assassinato um dia depois e foi liberado após prestar esclarecimentos à polícia.

No entanto, após a polícia pedir a prisão dele, o próprio suspeito se apresentou na delegacia e foi levado para o presídio da cidade.

Lucas Assis Ferreira foi preso temporariamente por 30 dias. Agora a polícia aguarda a análise do DNA dele para confrontar com o material genético da vítima.

"Foi colhido material genético debaixo das unhas, foi colhido esse material na moto, nós não sabemos definir se trata de esperma, de sangue ou de produto químico, ainda não está estabelecido.

A perícia que vai nos indicar do que se trata", disse o delegado regional Célso Ávila Prado.

O laudo deverá ficar pronto em 30 dias.

A única certeza que a polícia tem é que a causa da morte da adolescente foi asfixia. Até agora, 15 pessoas já foram ouvidas, entre parentes e amigos.

A polícia também abriu inquérito para investigar quem sequestrou e torturou o rapaz um dia após a morte da adolescente. Em um vídeo que foi gravado, ele aparece amarrado a um pé de café e diz, sob tortura, ser o assassino da menina.

Entenda o caso
O corpo da adolescente foi encontrado na Estrada do Pântano, uma estrada rural entre os bairros Jardim São Paulo e Distrito Industrial, por volta das 6h do dia 14 de fevereiro.

Giovanna Costa de Cillo, de 14 anos, tinha marcas no pescoço e estava sem as roupas íntimas.

Uma testemunha contou à polícia que viu a adolescente acompanhada de um homem pouco antes de ser assassinada.

Pouco depois, um vídeo começou a circular nas redes sociais.

Nele, o suspeito aparecia confessando, sob tortura, o crime.

Depois, em depoimento à Polícia Civil, ele negou ter tido participação na morte da jovem.

A polícia suspeita que a menina tenha sofrido violência sexual.

Um laudo necroscópico deve apontar se houve o abuso. A policia também colheu o material de DNA do rapaz para saber se de fato ele participou da morte da jovem.

(*Foto: G1 Sul de Minas)