População reclama de aterro controlado de Muzambinho
26.01.2016
Polícia Militar de Meio Ambiente esteve no lixão e autuou o município. Segundo os moradores, a coleta seletiva foi parcialmente instalada.Em agosto de 2014 terminou o prazo para as cidades acabarem com os lixões e se adequarem à política nacional de resíduos sólidos. Porém, a cidade de Muzambinho (MG) não se adequou às regras ambientais e ainda não possui aterro sanitário.
A Polícia Militar de Meio Ambiente esteve no aterro controlado do município e encontrou diversas irregularidades. Segundo os policiais, a falta de controle para entrar no local, a presença de catadores e lixo a céu aberto vão contra as normas do Conselho Estadual do Meio Ambiente.
Por esse motivo, a prefeitura foi autuada e pode pagar uma multa que varia de R$ 16 a R$ 33 mil. De acordo com o vice-prefeito Roosevelt Pereira de Paula, os trabalhos de melhoria no aterro foram interrompidos durante o período de chuvas, pois as máquinas que trabalhavam no local foram usadas para ajudar famílias em risco.
"Agora o maior problema nosso lá é terra para cobrir o lixo. Mas, já temos um senhor que precisa escavar um terreno para fazer uma construção e vamos tirar lá uns 200 caminhões de terra e então vamos levar para cobrir esse lixo".
O vice-prefeito afirma ainda que o aterro controlado é uma solução temporária e que um aterro sanitário será instalado na cidade. Ele afirmou ainda que o custo estimado para todas as adequações necessárias é de R$ 30 milhões e ainda não há data definida para o início das obras.
Segundo moradores, em dezembro de 2015, a coleta seletiva foi implantada em Muzambinho e o caminhão de lixo recolhe, a cada dia da semana, um material diferente. Porém, o todo o lixo que é recolhido separadamente vai parar no mesmo lugar, o lixão.
“O povo de Muzambinho está sendo feito de bobo, porque todo o lixo está aqui, para todo mundo ver”, afirma o farmacêutico Luiz Ricardo Boneli.
O vice-prefeito Roosevelt acredita que num prazo de seis meses, a coleta seletiva já esteja funcionando de forma adequada e admitiu que parte dos materiais separados pela população em casa, é levada para o aterro controlado.
*Foto: Reprodução Internet
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