As reclamações constantes por parte da população de Muzambinho em relação ao atendimento no Pronto Socorro da Santa Casa fizeram com que o tema viesse à tona no debate político local nos últimos dias. A convite do Vereador Lucas Otávio Machado, o administrador da Santa Casa de Muzambinho, Luis Carlos Dias, esteve na Câmara Municipal, durante a reunião da segunda-feira (26), para prestas esclarecimentos sobre o funcionamento desta unidade de atendimento de urgência e emergência.

Luis Carlos Dias esclareceu que o Pronto Socorro de Muzambinho funciona dentro das instalações da Santa Casa através de um contrato com a Prefeitura do Município. O administrador frisou que o atendimento do Pronto Socorro é prioritariamente para urgências ou emergências e que a grande maioria das pessoas que procuram o atendimento não estão enquadradas nessas categorias. Para Luis as pessoas deixam de procurar os Postos de Saúde para se dirigirem ao Pronto Socorro, causando a demora no atendimento.

“Chegam em média 10 pessoas por hora no Pronto Socorro e nós contamos com um médico e duas enfermeiras. Quando chega um paciente, como aconteceu hoje, com suspeita de AVC, o médico não conseguirá atender a esse paciente em apenas 10 minutos. Vai gastar 40 minutos, uma hora, uma hora e meia. Isso vai gerar uma fila de mais de 15 pessoas na espera”, disse Luis Carlos Dias na Tribuna da Câmara.

Os vereadores que sucederam a fala do Administrador da Santa Casa foram unânimes na opinião de que falta à população mais informação e conscientização no sentido de procurar os atendimentos mais simples, como febres, crises hipertensivas e problemas respiratórios, nos Postos do Programa de Saúde da Família, os PSFs, ou nos Postos de Saúde Municipais.

Antes da reunião dos vereadores desta segunda-feira, no sábado (24), o Secretário de Saúde de Muzambinho, Fernando José Silva, foi o entrevistado do programa Bom Dia Atividade Especial, da Rádio Atividade FM, e tratou do tema. Aos microfones da Atividade FM, Fernando falou que mantém contado quase que diariamente com o Administrador do Hospital. O Secretário lembrou que não cabe à Prefeitura a contratação dos médicos, mas que a Secretaria, como contratante dos serviços, tem obrigação de zelar pela qualidade do atendimento. Fernando também mencionou casos em que a urgência e emergência faz com que haja atrasos nos atendimentos mais simples e os pacientes não entendem a situação.

Fernando Silva também foi ouvido pelos vereadores na reunião de segunda feira. Na ocasião, o Secretário frisou que o repasse para a Santa Casa atualmente é 100% superior ao que era repassado na Administração passada e que não há problemas de falta de Agentes de Saúde nos Postos do PSF’s, a não ser um dos postos, em que falta ainda a contração de um agente.