Produção na Hidrelétrica de Caconde é de apenas 20% da capacidade total
04.09.2015
Redução na quantidade de água liberada foi feita para preservar a represa. Atualmente, o nível do reservatório está 21 metros abaixo do ponto mais alto.Com o nível da represa Graminha, na cidade de Caconde (SP), operando com apenas 22% da sua capacidade, a hidrelétrica AES Tiête está produzindo apenas 20% do total de energia que tem capacidade para gerar. A redução na quantidade de água liberada foi feita para preservar a represa durante o período de estiagem. Com potencial para gerar 80 megawatts de energia por hora, a hidrelétrica gera apenas 16 atualmente. O suficiente para abastecer apenas 20 mil casa por hora.
O Ibama autorizou a redução na vazão de água, em caráter de urgência, de 32 mil para 20 mil litros por segundo. Mesmo assim, a medida não deve comprometer o abastecimento e nem a geração de energia. Para preservar o reservatório, essa redução deve ser mantida até o primeiro dia de dezembro ou até que a represa volte operar com 70% da capacidade.
“Com a falta de água, acontece o processo de lixiviação, que é o processo de lavagem do solo, correndo muito assoreamento e encurtando a vida do nosso reservatório”, disse o gestor ambiental Maurício Marciano.
Marciano ainda informou que pode haver mortandade de peixes pelo baixo volume de água. “A quantidade de água que havia, produzia uma quantidade de oxigênio adequada para aquela quantidade de peixe”, completou o gestor ambiental.
Desde 2014, a cidade de Caconde sofre com a falta de chuvas. Em outubro a represa chegou a operar com apenas 5% da capacidade. Já em março de 2015 houve uma melhora, mas desde então a situação só piorou.
Em agosto, a expectativa de chuva era de 20 milímetros, mas choveu apenas três.
Preocupado, o presidente da Associação para proteção ambiental de Caconde, Cleber Armando Marques, quer que a usina mude o sistema de saída de água. “Nós queremos que usina funcione em fio d’água, o que seria ideal no momento”, falou.
Em contrapartida, o gerente de operações da usina, Antônio Carlos Garcia, informou que depende de uma autorização do Operador Nacional do Sistema (ONS), para alterar a vazão. “Se o ONS, mediante a estudos indicar que há necessidade de trabalhar fio a fio, nós vamos acatar a autorização e vamos fazer esse tipo de operação”, disse.
*(Foto: Eder Ribeiro/EPTV)

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