Com pouca chuva, represa já está 15 metros abaixo do normal em Caconde
12.08.2015
Na primeira semana de agosto, menos de 30% da capacidade foi atingida. Em outubro do ano passado, a represa chegou à 26 metros abaixo do normal.O baixo nível da represa Graminha, em Caconde (SP), está preocupando trabalhadores e moradores da cidade. Somente na primeira semana de agosto, menos de 30% da capacidade foi atingida, registrando 15 metros abaixo do normal, segundo a AES Tietê, que administra a usina hidrelétrica da cidade. A queda é brusca a cada mês e, com menos chuva e tempo cada vez mais seco, a situação tende a piorar. Sem água, barcos e visitantes, a maior preocupação é com o turismo da região.
A quantidade de água que chega na represa é bem menor do que a que sai para gerar energia. O reservatório recebe cerca de 14 mil litros por segundo, mas libera 32 mil.
Com a seca, as margens do local se tornam mais visíveis. Se o nível da água continuar caindo, a navegação deverá ser interrompida. “A gente vive estritamente dos barcos, se não tem água, não tem frequentadores”, contou Ernani Vasconcellos, dono do clube náutico da cidade.
Estiagem
Em outubro do ano passado, a situação foi ainda pior. A represa estava 26 metros abaixo do normal e operava com apenas 5% da capacidade. Durante 4 meses as embarcações foram proibidas de navegar por causa dos riscos de acidente e gerou cerca de R$ 200 mil em prejuízo.
Segundo Pedro Barbosa, secretário de turismo de Caconde, a última temporada marcou a queda de 70% no movimento. Quase na mesma situação, o problema atual volta a preocupar os trabalhadores.
“No mês de agosto não é um movimento intenso, mas se acontecer como aconteceu o passado, essa vazão ir diminuindo antes do período da chuva, até novembro, quando estiver mais quente e teoricamente teria uma demanda maior de turistas, se não tivermos água na represa para servir de atrativo, pode comprometer”, explicou Barbosa.
A expectativa dos moradores é que a cidade recupere logo toda a água que tem gasto. A Aes Tietê informou que está gerando na empresa, uma média de 25 megawatt/hora. A capacidade é de 80. Ainda afirmou que o volume de geração é definido pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
*Foto: Eder Ribeiro/ EPTV
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