Sinasefe de Muzambinho adere à greve nacional dos servidores federais
29.07.2015
Em assembleia, 67 servidores dos 89 presentes aprovaram o ingresso ao movimento. Aulas serão paralisadas no IF – Câmpus Muzambinho a partir desta sexta-feira (31).O Sinasefe Seção Sindical de Muzambinho (MG) comunicou nesta terça-feira (28) que aderiu à greve nacional dos servidores federais.
De acordo com Márcio Maltarolli Quida, presidente do Sinasefe, a greve foi aprovada na última segunda-feira (27) durante uma assembleia onde 89 pessoas participaram da reunião, sendo que, 67 servidores aprovaram a adesão ao movimento.
Segundo Márcio, a partir desta sexta-feira, 31 de julho, as aulas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Câmpus Muzambinho serão paralisadas completamente e que ainda será negociado um calendário de reposição de forma efetiva e que seja garantido todos os direitos dos alunos e servidores. O presidente ainda destacou que a paralisação nesta data foi estrategicamente planejada, pois o prazo limite de aprovação da LDO – Lei Diretrizes Orçamentárias é dia 21 de agosto, porém antes do período de aprovação da LDO, o Governo tem um prazo para emitir projeto de lei e considera que a greve pode ser curta, mas que depende das negociações que começam.
Nesta quarta-feira (29) uma reunião de esclarecimentos aconteceu no Poliesportivo do Câmpus junto aos alunos que puderam tirar dúvidas sobre o processo de inserção ao movimento. Márcio destacou que Muzambinho tem pouca tradição no movimento sindical e nenhuma tradição no movimento estudantil e que muitos alunos, em primeiro momento, pensando na situação particular de cada um, se mostraram contrários a decisão, e que a reunião foi uma oportunidade para estimular os estudantes a se envolver mais nas questões relacionadas com o cotidiano deles.
Várias melhorias são apontadas pelo Sinasefe para melhorar a qualidade de ensino e as condições de trabalho. As reivindicações são: 30 horas de trabalho para técnicos administrativos, fim do ponto docente, contra o ponto eletrônico, assento no CONSUP - Conselho Superior da instituição para representações sindicais, suspensão no calendário acadêmico no período de greve, regulamentação das remoções docentes, pagamento de vale transporte para os servidores que se deslocam em veículos próprios para o trabalho, estabelecimento de critérios, objetivos para o aproveitamento de concursos e definição nas vagas de concurso, regulamentação das ações e consulta a comissão de acompanhamento do plano diretor dos Câmpus e impedimento dos servidores assumirem representação docente e técnica administrativa eletiva em órgãos colegiados, como o CADEM, CAMEN, CEP, CONSUP, repúdio ao corte de verbas para a educação federal, entre outras.
O professor Mateus Camargo, membro da diretoria do Sinasefe, apontou que o Governo apresentou uma proposta unificada a todas as categorias dos servidores federais com um reajuste de 21,3% para os próximos quatro anos, e a proposta foi tratada como uma ofensa pelos servidores, pois o Governo trabalha com uma inflação entre 9 e 9,3%. Além disso, o Governo apontou um reajuste para os benefícios, auxilio alimentação e ressarcimento para serviços de saúde, porém a sugestão é que sejam verificados todos os benefícios, inclusive, os que estão congelados, mas desde que aceitem a proposta de reajuste salarial apresentada pelo órgão.
Desta forma, está sendo criada uma contraproposta no fórum dos servidores para que o Governo se manifeste. Conforme Mateus, as negociações internas serão iniciadas com a reitoria e a direção geral para avançar nas reivindicações, que não tem impacto financeiro, mas considera que é primordial para melhorar a qualidade de trabalho e ensino.
Por lei, com a greve, 30% do trabalho ofertado da instituição devem ser mantidos. O período de paralisação é considerado indeterminado.
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