Sulmineiro operado nos EUA sai da UTI, mas segue internado em hospital
24.07.2015
Menino de Campos Gerais, MG, passou por 2ª cirurgia após transplante. Ele estava em observação no serviço de terapia intensiva desde 12 de julho.O adolescente de Campos Gerais (MG), Antônio Gleiber Cassiano Júnior, de 16 anos, que passou por um transplante de intestino no dia 12 de julho, saiu da Unidade de Terapia Intensiva nesta quarta-feira (22). Segundo a família, Juninho, como é conhecido nas redes sociais, segue em observação em um quarto do Jackson Memorial Hospital, em Miami, nos Estados Unidos.
Juninho sofre da "Síndrome do Intestino Ultracurto", que fez com que ele perdesse 95% do intestino delgado. Desde outubro de 2014, o sulmineiro passava por tratamento no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR), e aguardava o transplante no hospital norte-americano, único em que esse tipo de procedimento já foi feito com sucesso até o momento.
Após ser operado no dia 12 de julho, o menino foi submetido a uma segunda cirurgia dia 15 de julho para que fosse fechada uma abertura no abdômen feita durante o transplante. Devido aos riscos de infeccção, o procedimento só poderia ser realizado 48 horas depois da primeira intervenção. As duas cirurgias foram consideradas bem sucedidas.
Recuperação
Segundo Rodrigo Viana, diretor de transplantes do Jackson Memorial Hospital, em Miami (EUA), a expectativa é que o menino possa receber alta até o final do ano. "Se tudo estiver bem, eu espero que ele possa passar o Natal aí no Brasil", disse o médico.
O período de recuperação de Juninho pode levar de seis meses a um ano, dependendo de como seu organismo vai reagir ao transplante e a uma nova cirurgia. Ele permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital de Miami, mas, logo após o transplante de domingo, já conseguiu conversar com os pais, que o acompanham.
O transplante de Juninho só foi possível porque a Justiça determinou que o Ministério da Saúde arcasse com as despesas envolvidas no procedimento, estimadas em mais de R$ 3 milhões. A determinação saiu em abril deste ano e o embarque do adolescente com a família aconteceu na primeira quinzena de junho. Nas semanas seguintes, Juninho ficou no aguardo de um doador, que foi confirmado no dia 11 de julho.
No Brasil
"Graças a Deus. É uma bênção para a gente. E eles disseram que ele já conversou, o médico disse que ele está bem. Agora é esperar a alta", planeja avó Maria Dulce Pereira Diogo, que acompanha tudo do Brasil.
A família de Juninho e amigos de Campos Gerais chegaram a realizar um almoço para arrecadar recursos financeiros que ajudassem o adolescente no período de recuperação. A festa aconteceu em março.
Compartilhar