Pesquisa: pela 1º vez, maioria é contra norma que permite reeleição

23.06.2015

Pesquisa foi publicada pelo Datafolha nesta terça-feira (23). 67% são contra a reeleição.

De acordo com pesquisa Datafolha, publicada nesta terça-feira (23), a população tem mudado de ideia com relação a dois temas da reforma política, pacote hoje em discussão no Congresso. Primeiro: o apoio majoritário ao instituto da reeleição desapareceu; 67% dos entrevistados é contra. Segundo: a rejeição à obrigatoriedade do voto bateu o recorde da série de pesquisas a respeito.

 

O apoio maciço ao fim da reeleição é inédito. Na primeira pesquisa sobre o tema, em 2005, 65% foram a favor do direito do presidente concorrer a um novo mandato. 

 

Agora, com a presidente Dilma Rousseff recém-reeleita batendo recorde de rejeição (65% a desaprovam), só 30% são favoráveis à reeleição.

 

Já os contrários pularam de 39% para 67%, desde o último estudo. Opiniões sobre reeleição para governadores e prefeitos são quase idênticas.

 

"A rejeição a Dilma pesa, mas não só. Há um contexto muito forte de rejeição geral à política, que vem desde junho de 2013", diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.

 

Na Câmara, a extinção da reeleição foi aprovada em maio pelo elástico placar de 452 votos a 19. Para vigorar, a regra precisa passar por nova votação na Casa e, depois, ser aprovada pelo Senado.

 

Outro resultado que coaduna com o sentimento de rejeição à política é o recorde de oposição ao voto obrigatório, que passou de 54% para 66% desde outubro de 2014.

 

O comportamento da Câmara, nesse caso, foi na contramão da opinião popular. A ideia do voto facultativo foi derrotada por 311 votos a 134.

 

O Datafolha também perguntou aos eleitores se eles iriam votar se não fosse obrigatório. De cada dez, seis responderam que não votariam.

 

É importante notar, nesse caso, que não se trata de uma opinião homogênea na sociedade. Se o voto fosse facultativo, são os mais pobres e os menos escolarizados os que mais deixariam de votar.

 

Na fatia dos que têm renda familiar mensal acima de dez salários mínimos, 62% votariam mesmo se fosse opcional. Entre os que estão abaixo de dois salários, só 35% votariam. Uma diferenciação parecida ocorre na segmentação por escolaridade: entre os que têm ensino superior, 56% votariam. No grupo dos que têm até o fundamental, 34%.

 

O Datafolha também perguntou sobre a alteração do tempo de mandato dos políticos. A maioria (53%) disse ser favorável a cinco anos para todos os cargos eletivos, como aprovado pela Câmara.


O Datafolha ouviu 2.840 pessoas nos dias 17 e 18 de junho. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

 

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Fonte - Bol Autor - Fagner Passos

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