Acusado de homicídio na “Máfia dos Órgãos” se nega a depor

07.05.2014

A audiência de Médico durou 9 horas e ainda não há previsão para a publicação da sentença.

O neurocirurgião José Luiz Gomes da Silva, acusado de homicídio contra Adeleus Lúcio Rozin, em abril de 2001, na chamada ‘Máfia dos Órgãos’ foi a uma audiência de instrução e julgamento nesta terça-feira (6), na 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas (MG), mas recusou-se a responder as perguntas feitas pela promotoria e pelo juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro. A audiência durou 9 horas e ainda não há previsão para a publicação da sentença.

 

 

Ele foi denunciado após a morte do aposentado, com 58 anos na época. O paciente teve rins, fígado e córneas retirados para transplante. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Adeleus teria chegado ao Hospital da Santa Casa no dia 15 de abril de 2001 com traumatismo craniano e morreu dois dias depois, quando teve os órgãos removidos.

 

O médico respondeu apenas às perguntas feitas pelo advogado de defesa, Dório Henrique Ferreira Grossi e defendeu-se dizendo que avaliou o paciente pessoalmente e que também teria feito uma tomografia computadorizada e que não fazia parte da equipe de transplantes que atuava no Hospital da Santa Casa na ocasião.

 

Questionado sobre a não remoção do paciente – que estava em estado grave – para a UTI, o réu alegou que não o fez por falta de vagas e destacou que a morte do homem aconteceu pela evolução do quadro e não por negligência no atendimento.

 

O médico também foi indagado sobre a falta de especialização como neurologista, já que segundo inquérito policial da época, ele não possuía o registro. “Eu obtive esse grau em 1992, no Rio de Janeiro”, justificou.

 

Ainda conforme a denúncia, as córneas da vítima teriam sido retiradas pela auxiliar de enfermagem Graziela Rosana Gaffoni, o que contraria a legislação de transplante. Ainda segundo a denúncia, a perícia feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não aponta exames que comprovem a morte cerebral da vítima, o que indica que ele pode ter sido morto para ter os órgãos retirados e doados.

Várias testemunhas foram ouvidas, entre elas, médicos, familiares e funcionários do Hospital.

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Fonte - G1 Autor - Fagner Passos

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