Padre expulso cria igreja independente e causa polêmica em Alfenas
13.05.2015
Comunicado de bispo tem orientado católicos a não frequentarem local. Missas estão sendo celebradas em galpão duas vezes por semana.Um padre que foi expulso pela Igreja Católica em Alfenas (MG) tem causado polêmica com a criação de uma igreja independente. Um comunicado do bispo de Guaxupé (MG), Dom José Lanza Neto, tem orientado os católicos da cidade a não frequentarem a "Igreja Católica Independente".
A igreja, fundada pelo reverendo padre André Aparecido da Silva, funciona improvisada em um galpão. As missas são celebradas duas vezes por semana e sempre fica lotada. A igreja segue os mesmos ritos do catolicismo, mas não tem nenhuma ligação com as dioceses.
Padre André ficou à frente da Paróquia de São Sebastião e São Cristóvão, em Alfenas, por cerca de seis anos. Nesse tempo, ele comprou em nome da igreja um terreno de 26 mil metros quadrados. Algum tempo depois, ele vendeu parte dele. O dinheiro foi usado para construir um estacionamento, reformar a igreja e comprar a casa paroquial. As negociações conduzidas pelo padre foram denunciadas ao bispo de Guaxupé, com a suspeita de que os valores apresentados à Diocese eram diferentes do que haviam sido recebidos.
"O bispo alegou que eu não fiz uma devida prestação de contas dos valores, mas isso depois que ele pediu nós fizemos. Desse valor todo, tiramos boa parte para cobrir o todo dos terrenos, fizemos a aquisiação desta casa (paroquial), fizemos ainda a reforma de imóveis como igrejas da zona rural e urbana e também a reforma de casas de famílias carentes, o que não foi aceito. A maior crítica que ficou nas entrelinhas foi essa reforma de casas de famílias carentes, que não foi aceita", disse o padre André Aparecido da Silva.
Em um decreto do bispo, de setembro do ano passado, a Diocese afirma que não teve as questões administrativas bem explicadas e que o próprio padre teria dito em uma celebração que estava deixando a paróquia, momento em que teria ofendido o bispo. A solução, segundo um outro documento, seria o que a Igreja chama de ato de humilhação diante de Deus, com pedido de perdão à Santa Igreja e ao bispo. O padre ainda teria que ficar um ano afastado das funções, o que não aconteceu. Diante da criação da nova igreja, o bispo decidiu excomungar o padre.
A situação tem dividido moradores em Alfenas. "Pra mim, tendo um pastor que mostre o Jesus que eu tenho no meu coração, pra mim é suficiente", disse a comerciante Vânia Maria de Souza Figueiredo. "Em um ponto ele está errado, pois ele abandonou a batina para ir para outra religião", disse o servidor público Luiz dos Santos.
Por telefone, o bispo da Diocese de Guaxupé, Dom José Lanza Neto, disse que não vai se pronunciar sobre o caso.

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