Adolescentes de 13 e 15 anos estão entre vítimas da dengue em Passos
12.04.2024
Estado confirma quatro mortes no município.A Secretaria de Estado de Saúde confirmou quatro mortes por dengue nesta semana em Passos. Das quatro pessoas que morreram pela doença, duas eram adolescentes e não tinham comorbidades.
Em todo o estado, 211 mortes já foram confirmadas por causa da dengue. Com as confirmações desta semana, Passos agora tem o maior número de mortes pela doença no Sul de Minas.
Uma das vítimas da dengue é a adolescente Maria Fernanda, de apenas 13 anos, que não resistiu à doença. Entre os primeiros sintomas da doença e a morte, foram apenas quatro dias.
Segundo a família, Maria Fernanda esbanjava saúde. Não tinha nenhuma doença pré-existente que pudesse complicar os sintomas. Alegre, dedicada aos estudos e amada pelos pais.
Além da Maria Fernanda, a outra adolescente é Ana Luiza, de apenas 15 anos. As outras duas vítimas são homens acima dos 50 anos. Outras três mortes por suspeita da doença estão em investigação na cidade.
A dengue é doença antiga, que surgiu no fim do século 19, mas os efeitos no organismo humano ainda são estudados pelos especialistas.
Boa parte dos pacientes conseguem se recuperar da doença, mas a probabilidade de alguém que teve dengue grave não sobreviver pode chegar a 10%, segundo médicos. Por isso é importante estar alerta aos sinais de alarme que geralmente aparecem entre o terceiro e o quatro dia de sintomas.
"Dor abdominal intensa e persistente, vômitos persistentes, a hipotensão postural, então aquela pessoa que vai levantar e sente aquela tontura, a sudorese fria também, a taquicardia e a pressão abaixa. Nesse período se os pacientes estiverem com dengue e após o terceiro e quatro dia apresentarem esses sintomas, eles têm que procurar rapidamente o atendimento médico para restabelecer todo esse processo da desidratação", disse a infectologista Priscila Freitas das Neves.
Para a pesquisadora de gestão em saúde pública da Universidade do Estado de Minas Gerais, Maristel Kasper, as mortes por dengue sempre são evitáveis, mas é preciso investimento na área da saúde para que os atendimentos aos pacientes aconteçam de forma rápida e eficiente.
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