Eduardo Cunha é eleito presidente da Câmara dos Deputados

02.02.2015

Deputado teve 267 votos e derrotou Arlindo Chinaglia (PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ).

Desafeto do Palácio do Planalto, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados na tarde deste domingo (1). Ele teve o voto de 267 dos 513 deputados e derrotou os outros três concorrentes: o candidato do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que teve 136 votos, Júlio Delgado (PSB-MG), que teve 100 votos, e Chico Alencar (PSOL-RJ), que teve 8. Foram registrados dois votos em branco. Conhecido por suas críticas ao governo, a vitória de Cunha era temida por integrantes do Planalto. 

 

Logo após tomar posse como presidente da Câmara, Cunha fez um discurso em tom de conciliação. Ele voltou a afirmar que a Câmara não será submissa aos interesses do governo, mas afirmou que, embora o Planalto tenha interferido na disputa pelo comando da Casa, não haverá retaliação.

 

O presidente da Câmara disse ainda que não dará encaminhamento a possíveis pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) baseados em acusações de corrupção relacionadas à operação Lava Jato. Segundo ele, fatos ocorridos em mandatos anteriores não devem ser discutidos no mandato atual.

 

A candidatura de Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos Deputados foi uma das mais conturbadas entre as quatro concorrentes ao cargo. Apesar de pertencer à base que ajudou a eleger a presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014, Eduardo Cunha não poupou críticas ao governo e à forma como o Planalto se relaciona com a Câmara dos Deputados.

 

Entre as declarações polêmicas de Cunha ao longo da disputa, uma das primeiras foi sua análise sobre o comportamento da bancada do PMDB em relação ao governo. Segundo ele, a bancada do PMDB não seria uma aliada automática do Palácio do Planalto.

 

Eduardo Cunha é economista formado pela Universidade Cândido Mendes e radialista. Foi presidente da Telerj (antiga estatal de telefonia do Rio de Janeiro) entre 1991 e 1993. Em 1999, foi subsecretário da Cehab (Companhia Estadual de Habitação) em 1999 e titular da pasta entre 1999 e 2000.

 

Em 2000, Cunha se licenciou do cargo após denúncias de irregularidades supostamente cometidas por ele virem à tona. Em dezembro, o STJ arquivou, por prescrição de prazo, o processo por improbidade administrativa e superfaturamento.


Em 2002, foi eleito deputado federal, cargo para o qual foi reeleito em 2006, 2010 e 2014. Em 2014, foi o terceiro deputado federal mais bem votado do Rio de Janeiro, com 232.708 votos, ficando atrás apenas de Clarissa Garotinho (PR-RJ) e Jair Bolsonaro (PP-RJ).

 

Nos próximos meses, Cunha deverá passar por uma importante "prova de fogo". A PGR (Procuradoria Geral da República) deverá enviar ao STF (Supremo Tribunal Federal) a ação penal contra políticos envolvidos no esquema de desvio de recursos da Petrobras investigados pela operação Lava Jato.


Já no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi reeleito neste domingo (1º) e vai comandar a Casa e o Congresso por mais dois anos. O alagoano recebeu o apoio de aliados da presidente Dilma Rousseff (PT). Este é o quarto mandato de Renan no comando do Legislativo. A votação foi secreta.

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Fonte - Agência Brasil Autor - Fagner Passos

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