Com quase 100% de ocupação, Santa Casa de Alfenas tem falta de medicamentos para UTIs

15.07.2020

Hospital convive com a falta de bloqueadores neuromusculares.

A Santa Casa de Alfenas (MG) registrou 100% de ocupação dos leitos de UTI nesta terça-feira (14). Os 10 leitos chegaram a ficar ocupados, mas uma pessoa que fazia tratamento contra a Covid-19 não resistiu e morreu. O hospital deve inaugurar mais 10 leitos de UTI até a próxima semana, mas faltam medicamentos.

"Era um paciente que veio de um pico de contaminação que teve no lar aqui, era uma paciente com mais de 70 anos, que é o perfil da maioria dos pacientes que a gente tem internados hoje. A maioria são idosos, mas nós temos três pacientes com menos de 60 anos e um paciente com menos de 50 anos internados na UTI hoje, são nove pacientes internados de 10 vagas, então só temos uma vaga neste momento disponível", disse o diretor clínico da Santa Casa de Alfenas, Carlos Marcelo de Barros.

A Santa Casa agora corre para inaugurar mais 10 leitos de UTI até a próxima semana. Mas também há a preocupação com a medicação necessária para colocar esses leitos em funcionamento, já que não há medicamentos.

"A nossa programação é que esses leitos sejam abertos semana que vem. Os leitos estão equipados, com a equipe médica pronta, fisioterapia pronta, enfermagem pronta, só que nós estamos enfrentando um gravíssimo problema de fornecimento de medicamentos, principalmente bloqueadores neuromusculares, esse é um problema nacional que está nos preocupando bastante, o fornecedor está entregando praticamente para dois, três dias, depois entrega mais um pouco, essa é uma questão que precisa ser resolvida urgentemente, que o grande gargalo no tratamento hoje é o fornecimento de medicamento", disse o diretor da Santa Casa.

Medidas restritivas e protesto

Para aumentar as medidas de isolamento, a prefeitura da cidade publicou um novo decreto no início da semana, mas mesmo com toda essa situação, com os leitos quase todos ocupados, há ainda quem questione as novas medidas.

Vinte empresários criaram a Associação Alfenense de Entretenimento e Gastronomia. Eles questionam o fato de que os bares terão que fechar às 20h e muitos deles só abrem às 18h, tendo que ficar somente duas horas com as portas abertas.

O novo decreto determina ainda que os estabelecimentos devem fazer a desinfecção de calçadas três vezes por semana. O descumprimento das ações pode acarretar na suspensão ou cassação imediata do alvará de localização e funcionamento do estabelecimento comercial.

A associação afirma que essa medida irá prejudicar o setor. Os empresários dizem ainda que estão com grande estoque de perecíveis e sem condições de renegociar aluguéis. O delivery, segundo eles, representa apenas 4% do faturamento global.

Os empresários dizem que 450 empresas do setor que geram 2 mil empregos diretos e 5 mil indiretos já sofreram com o primeiro decreto municipal de fechamento. Eles querem uma reunião com a prefeitura, que ainda não se posicionou a respeito.

Foto: Imagem Ilustrativa

Imagem Ilustrativa

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Fonte - Reprodução G1 Sul de Minas

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