Vendas do setor de tricô devem crescer 50% em 2017 em Jacutinga
09.02.2017
Coleção 2016 rendeu mais de R$ 200 milhões, diz associação comercial. Empresas já intensificaram a produção da nova coleção outono/inverno.As vendas do setor de tricô devem aumentar em 50% neste ano em Jacutinga (MG). A estimativa é da associação comercial da cidade, a Acija, e se baseia no desempenho de fábricas e lojas durante o ano de 2016. Mesmo com a recessão econômica, as empresas fecharam 2016 com um faturamento superior a R$ 200 milhões, de acordo com o órgão.
"Em 2016 tivemos o melhor inverno dos últimos seis anos. Estamos otimistas e esperamos que esse cenário se repita neste ano. Há fabricantes já estudando a possibilidade de abrir lojas", conta o presidente da Acija, Dennys Bandeira.
As confecções de Jacutinga respondem por 30% da produção nacional de malhas, o que torna a cidade com cerca de 25 mil habitantes um dos pólos têxteis do Brasil. São pelo menos 1 mil fábricas e 600 lojas atuando no segmento, que apenas em 2016 produziu 28 milhões de peças.
"Mais de 100 malharias fecharam nos últimos anos", relata Bandeira. "Mas os empresários que ficaram passaram a investir mais no produto e na gestão das empresas. A competitividade no comércio diminuiu e eles souberam aproveitar o mercado. Ano passado foi tão bom para os negócios que muita gente zerou os estoques, coisa que não acontecia. Agora a perspectiva é que o faturamento seja superior em pelo menos R$ 100 milhões", calcula.
Atualmente, os lojistas fazem promoções da coleção primavera/verão, uma aposta da cidade para ampliar as opções ofertadas aos consumidores. É possível encontrar peças com até 50% de desconto. O planejamento é abrir espaço para o carro-chefe das vendas, a coleção outono/inverno, que chega às vitrines em março.
Altas apostas
Em meio à liquidação, o empresário Cícero dos Santos Antunes ajuda a coordenar os trabalhos na fábrica onde é sócio. Ele acredita que 2017 vai ser um ano tão bom quanto 2016 foi e a produção das peças de inverno está intensa.
"Nos outros anos, o comércio andava ruim, então prestávamos serviços para outras empresas. Mas o ano passado nos surpreendeu. Foi muito bom. O clima ajudou bastante e estamos apostando alto", diz Antunes, que é sócio em uma fábrica criada em 2012 e que atende clientes no atacado e varejo.
Luxuoso, misterioso e pop
A estilista Samanta Teixeira Marinho tem acompanhado todo o processo produtivo em Jacutinga e garante que na estação mais fria as roupas estarão mais elegantes e modernas do que nunca, com tendências para todos os gostos.
"Podemos dividir a coleção em três: luxo e mistério, boho natural [estilo de peças mais soltas no corpo com influência cigana e hippie] e pop esportivo", aponta a estilista. "Vamos ter textura de pelugem, misturas de jacquard [tecido com padronagens] com estampas diferenciadas, um estilo mais pop, com cores mais vivas, tonalidades mais quentes, a volta do brilho e a predominância dos casacos estão entre as novidades", afirma.
Foto: Samira Guidi/Acija

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