Comerciantes comemoram alta no nível da Represa de Furnas, em MG

16.09.2016

Represas da região estão com níveis acima dos apresentados em 2015. Em Carmo do Rio Claro, turismo é baseado nas águas do Lago de Furnas.

Após quase três anos de estiagem prolongada, a Represa de Furnas voltou a ser motivo de comemoração para comerciantes e empresários de Carmo Rio Claro (MG), região que vive do turismo explorado no Lago de Furnas. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o volume útil do reservatório da Represa de Furnas atingiu 65,18% da capacidade no mês de agosto, diferente do ano passado, quando neste período chegou aos 28%.

 

Cenário que tem agradado tanto os turistas quanto os comerciantes. Em uma pousada localizada às margens da represa em Carmo do Rio Claro, que tem capacidade para receber 34 pessoas, a situação enfrentada agora é bem melhor do que a vivenciada no mesmo período do ano passado.

 

“Em relação ao ano passado, está ótimo, porque o nível da represa está acima do apresentado no mesmo período. Digo que somos privilegiados, porque não enfrentamos tantas dificuldades, mas algumas pousadas sofrem com a baixa da represa que causa defasagem de hóspedes”, conta o proprietário da pousada, Paulo Antônio de Oliveira.

 

Ainda segundo o proprietário, a expectativa é que, enquanto, a água da represa se mantiver em um bom nível, mais turistas passem pela cidade. “A expectativa é receber mais hóspedes nos próximos meses. Porque contamos com serviço de guia de pesca e muitas pessoas devem vir até a nossa região para aproveitar para pescar e passear”, diz o empresário.


A sócia-proprietária de outra pousada e de um restaurante, que também ficam às margens da Represa de Furnas, conta que o número de reservas vem aumentando nos últimos meses e que a expectativa é que melhore ainda mais.

 

“Desde 2012 o nível do lago estava muito baixo e foi muito difícil atravessar esse período. Realmente foi uma época bem complicada, porque sabemos que o que atrai o turista aqui pra nossa região é a água que banha a nossa cidade”, diz Simone Santana Silva Moisés, sócia proprietária de uma pousada e de um restaurante que ficam às margens da represa.

 

A empresária conta que a pousada fundada há 20 anos já enfrentou outras estiagens, mas ela explica que desta vez a seca foi mais forte. “Também enfrentamos uma seca terrível de 1999 a 2001, mas naquela época a estiagem passou mais rápido, ao contrário do que estamos passando nos últimos anos.

 

Ano passado foi um ano muito difícil. Esse ano o movimento está bem melhor, já estamos com as reservas praticamente completas para a pesca de Tucunaré, que é comum em setembro e outubro. Além disso, tem muita gente vindo pra região pra passear e aproveitar nossas paisagens”.


Simone conta ainda que a expectativa é que em 2017 as chuvas possam cair ainda mais na região, que depende do turismo das águas. “Ano passado foi um ano muito difícil. Esse ano o movimento está bem melhor, já estamos com as reservas praticamente completas para a pesca de Tucunaré, que é comum em setembro e outubro. Além disso, tem muita gente vindo pra região pra passear e aproveitar nossas paisagens. Mas esperamos que a chuva nos dê um presente e que 2017 seja ainda melhor do que 2016”.

 

Bom nível também em outras represas
Outra represa que apresentou níveis bem acima dos registrados em 2015 é a Represa Mascarenhas de Moraes, em Delfinópolis (MG). Em agosto de 2015, o nível útil chegou a 26,34% contra os 76,68% do registrado para o mesmo período deste ano.


O mesmo acontece nas usinas e represas administradas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que também registraram níveis de volume útil acima do último ano. É o caso das Usinas de Camargos e Itutinga, localizadas em Itutinga (MG) e de Funil, em Lavras (MG).

 

“Importante ressalvar que, para essas usinas, aquela que representa armazenamento efetivamente é Camargos. Todas as outras operam a fio d’água, ou seja, geram em função da quantidade de água afluente e seu reservatório não tem a função de estocar água”, explica Maria de Fátima Fernandes Valias, agente de comercialização da Cemig.

 

Entretanto, a agente de comercialização explica que, mesmo com os níveis das represas e das usinas do Sul de Minas estando acima da média apresentada nos últimos anos, é preciso ter cautela e seguir algumas medidas preventivas, que também ajudam a reduzir a fatura de energia.


“O chuveiro é um dos equipamentos que mais consome energia nas residências, devido à sua alta potência. No verão, é possível economizar energia com esse equipamento, mudando o seletor de temperatura da posição ‘inverno’ para a posição ‘verão’, o que reduz a potência em até 30% e proporciona uma significativa redução no consumo final na tarifa. Outra medida interessante é reduzir o tempo no banho. Um banho de até 7 minutos é o ideal.

 

Além disso, a eletricidade consumida por aparelhos eletrônicos no modo standby pode representar um acréscimo de até 15% na conta de energia elétrica. O consumidor, no entanto, tem a chance de evitar o desperdício com uma pequena mudança de hábito: desligar os eletrônicos da tomada quando não estiverem em uso”, explica a servidora da Cemig.

 

Ainda de acordo com a especialista, reduzir o consumo de energia também é medida para garantir a estabilidade dos níveis dos reservatórios das usinas e represas da região.

 

(Foto G1 Sul de Minas)

 

*Foto: G1 Sul de Minas.

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Fonte - G1 Sul de Minas

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