Após furtos, estudantes criam rede de proteção na Unifal em Alfenas

04.03.2016

Medida foi necessária depois do índice de criminalidade nas repúblicas. Universitários usam aplicativo com a presença de PMs para proteção.

Para tentar diminuir o número de ocorrências de furtos e roubos nas repúblicas próximas ao campus da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), os estudantes criaram, junto com a Polícia Militar, uma rede de universitários protegidos.

A ferramenta ajuda a alertar os colegas sobre pessoas suspeitas e crimes que acabaram de acontecer.

 

O crescimento da violência é alto na cidade. De acordo com a Secretaria de Defesa Social, em 2013 foram registrados 204 roubos na cidade. Em 2014, este número mais que dobrou e passou para 451. Já em 2015, mais um aumento. Foram 613 roubos.

 

Segundo a reportagem do G1 Sul de Minas, preocupados, os estudantes criaram uma página na internet indicando os locais onde os assaltos acontecem.

 

Com medo e para tentar fugir da violência, a universitária Camila Yara Risquini só vai para a faculdade acompanhada por uma amiga.

“Dá muito medo, por isso andamos em grupo, para não ter esse perigo e evita levar celular”, contou a estudante.


Outra aluna está andando com spray de pimenta na bolsa. “Tem como um alertar o outro, mas prevenir é difícil, mesmo andando sem celular, eles vêm assaltar, porque não sabem se temos ou não o objeto”, disse Brenda de Oliveira.

 

Para aumentar a segurança dos estudantes, a Unifal decidiu também instalar câmeras de vigilância nas entradas do campus. “Já está em andamento a aquisição e instalação das câmeras.

 

Elas serão voltadas para a área externa, no entorno da universidade”, disse a pró-reitora de assuntos comunitários e estudantis, Maria de Fátima Santana.

 

Aviso no celular
Para fortalecer ainda mais a segurança, os estudantes criaram o grupo em um aplicativo de troca de mensagens, chamado de rede de universitários protegidos.

 

Com essa ferramenta eles podem combinar a ida e a volta da universidade, além de alertarem os colegas sobre qualquer atividade suspeita ou crimes que acabaram de acontecer.

 

A ideia de criar o grupo, que funciona há uma semana, foi do tenente Leonardo Negreiros, da Polícia Militar. Segundo ele, outros grupos como a Rede de Comerciantes Protegidos deram tão certo que os participantes chegaram a ficar 7 meses sem assaltos.

 

“Além de darmos dicas, eles têm acesso ao nosso número particular, então eles podem nos ligar ou avisar no aplicativo, para que possamos nos deslocar, mesmo em um momento de suspeição”, explicou.

 

Para a estudante Eliane dos Santos, mesmo em pouco tempo, o grupo já está dando resultado. “Eu estava mexendo no celular durante o percurso e vendo que alguém tinha sido roubado próximo, eu tomei cuidado e dei a volta, por outro trecho. É melhor prevenir, 'né'”.

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Fonte - G1 Sul de Minas

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