TJMG isenta Cemig de culpa em acidente em Bandeira do Sul
29.05.2014
Uma serpentina metálica atirada por um folião atingiu a rede elétrica causando um curto circuito que deixou 16 mortos e 50 feridos em 2011. Famílias das vítimas vão recorrer a Justiça.Familiares das vítimas da tragédia no pré-carnaval em Bandeira do Sul (MG), em 2011, estão inconformados com a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que isentou a culpa da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) nesta terça-feira (27). Na época, uma serpentina metálica atirada por um folião atingiu a rede elétrica causando um curto circuito que deixou 16 mortos e 50 feridos. O advogado das famílias das vítimas, Edilberto Acácio da Silva, contesta a decisão da Justiça e afirma que vai recorrer.
“Nós vamos recorrer em Brasília. Não é possível que uma serpentina metálica tenha força para derrubar três fios de alta tensão”, disse o advogado em entrevista ao jornalista de Bandeira do Sul, Adenilson Robert Miguel.
As duas filhas do empresário Maciel Luiz Franco estavam entre os feridos no acidente. Uma delas teve várias queimaduras e ficou 40 dias no hospital. Já a outra, que ficou internada durante seis meses, teve a memória afetada e perdeu parte da coordenação motora.
“O acidente afetou os movimentos e a memória dela. É uma luta constate, já são mais de três anos nesta situação”, afirma.
O acidente em Bandeira do Sul aconteceu no dia 26 de fevereiro de 2011, durante o pré-carnaval na cidade. Uma serpentina metálica lançada por um folião atingiu a rede elétrica, causando um curto circuito. Um fio energizado caiu no chão e atingiu os foliões, deixando 16 mortos e mais de 50 feridos. As famílias das vítimas entraram na Justiça contra a Cemig com a alegação de que a fiação elétrica da cidade era muito antiga e isso teria contribuído para a tragédia.
Em 1ª instância, a companhia havia sido condenada pela Justiça a pagar R$ 255 mil a cada familiar da vítima pelos danos morais sofridos. Ao todo, o valor ultrapassava os R$ 6,8 milhões. Na época, a Cemig entrou com recurso alegando não ter sido comprovada a culpa da empresa no acidente.
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