Em crise, Santa Casa de Caconde faz campanha para arrecadar dinheiro

08.10.2015

Dívida já passa dos R$ 2 milhões e rombo mensal é de R$ 60 mil. Funcionários vão de casa em casa pedir apoio aos moradores.

Sem dinheiro e com uma dívida de mais de R$ 2 milhões, a Santa Casa de Caconde (SP) pede ajuda à população para manter o hospital. Para tentar amenizar o problema causado após aderir a um programa do Sistema Único de Saúde (SUS), funcionários começaram uma campanha de porta em porta para arrecadar dinheiro. Nessa visita, os funcionários falam sobre o trabalho e cadastram as pessoas que aceitam participar.

 

A população tem ajudado com doações através de depósito e via carnê ou com agendamento do dia e horário em que o funcionário do hospital passa na residência recolhendo. 

 

Apesar do pouco tempo de campanha, a população tem contribuído. “É uma causa justa e sempre bem vinda. A solidariedade está colaborando com a nossa Santa Casa”, disse a nutricionista Adriana Coutinho. “Sem saúde fica difícil, todo mundo fazendo um pouquinho já está bom”, completou o comerciante Luís Fechio.

 

Não é de hoje que as contas da instituição estão ruins. Desde o começo do ano passado, a Santa Casa aderiu ao programa 100% SUS e receberia do Ministério da Saúde R$ 22 mil por mês. Com isso, não atenderia pacientes de planos de saúde.

 

Segundo a administração, foi feito tudo que era preciso, mas até agora o dinheiro não veio. “Com o 100% SUS, receberíamos o triplo do que recebíamos no plano de saúde e no particular. Além do tratamento igualitário, a diferença para nós era expressiva, mas estamos esperando há quase dois anos”, relatou o administrador da Santa Casa, João Fernando Cantarelli.

 

A situação do hospital piorou e atualmente o rombo é de R$ 60 mil por mês. A dívida já ultrapassa os R$ 2,2 milhões.

 

Para complementar a folha de pagamento, a Santa Casa teve que recorrer a um sistema de crédito bancário e para pagar o 13º salário dos funcionários realizará um leilão de gado.

 

Com a falta de verba, o atendimento pode ficar comprometido. Alguns serviços poderão ser deixados de lado e até as cirurgias podem ser suspensas. Atualmente, o hospital faz 800 internações por ano e pode virar apenas um pronto-socorro.

 

“O 100% SUS poderia preencher um pedaço do nosso déficit, mas não seria suficiente para superá-lo todo. Ou fazemos campanhas para captar recursos novos, ou temos que cortar despesas, interrompendo prestações de serviços”, completou Cantarelli.

 

Para colaborar com doações entre em contato com a Santa Casa de Caconde através do telefone (19) 3662-1711. 

 

*Foto: Eder Rodrigues EPTV

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Fonte - G1

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