Maioria da Câmara de Guaxupé vota contra cassação de vereador
23.06.2015
Odilon dos Anjos Couto (PRB) teria invadido consultório para pegar documento e ajudar conhecida. MP pediu investigação por falsidade ideológica.Os vereadores de Guaxupé (MG) se reuniram na tarde desta segunda-feira (22) para votar na instauração de procedimento de cassação do vereador Odilon dos Anjos Couto (PRB).
Segundo denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE), o vereador preencheu uma guia médica para ajudar uma conhecida, que teria ido a uma consulta sem o documento. Couto nega que tenha usado a função para obter qualquer vantagem.
"Ela [a moradora] me procurou porque ela sabia que eu tinha amizade com as enfermeiras, que eu conhecia os médicos, então ela pensou 'era mais fácil ele conseguir do que eu'", defendeu-se o vereador. "Eu acho que fiz certo porque, se você ajuda o próximo, você está sempre certo", declarou.
O secretário municipal de Saúde, Marcos Rogério de Paula Oliveira, foi quem registrou um boletim de ocorrência sobre o caso. De acordo com ele, o vereador entrou em uma área reservada a pacientes e funcionários e invadiu o consultório para pegar o documento, que teria sido preenchido por ele mesmo com a especialidade, o nome da paciente e a queixa.
Couto ainda teria exigido que funcionários providenciassem o carimbo do médico responsável. "Imediatamente, nós chamamos a polícia e fizemos um boletim de ocorrência, não por se tratar de um vereador, mas por se tratar de uma pessoa que invadiu e preencheu um documento público", explicou o secretário.
A discussão em torno da conduta do vereador foi parar na Câmara de Vereadores. A procuradoria geral do município enviou à Câmara um pedido de investigação. Já o MP solicitou a abertura de um processo de cassação, por entender que houve uso do mandato para favorecer uma pessoa conhecida. As duas solicitações foram rejeitas pela maioria dos vereadores na reunião desta segunda-feira.
Agora o caso está restrita à investigação policial e o inquérito, que deve ser concluído em até 30 dias, vai apurar se houve falsidade ideológica por parte de Couto. O promotor Thalles Tácito Cerqueira informou que um exame grafotécnico também deve ser realizado para confirmar se a guia médica foi realmente preenchida pelo vereador.

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