Maiores cidades da região somam quase mil pedidos de medida protetiva em cinco meses

18.07.2025

Entre janeiro e maio deste ano, 65,9% dos pedidos foram atendidos.

De acordo com uma reportagem do g1 Sul de Minas, publicada nesta sexta-feira, 18 de julho, quase mil pedidos de medidas protetivas foram registrados em cinco meses nas maiores cidades da região. O dado chama atenção para a gravidade da violência doméstica no Sul de Minas, revelando um cenário preocupante que mobiliza autoridades e instituições de apoio às vítimas.

As medidas protetivas são ordens judiciais que buscam proteger pessoas que estejam em situação de risco, perigo ou vulnerabilidade.

"É uma medida técnica judiciária que garante a integridade, a vida dessa pessoa que está sofrendo diversos tipos de violência que não só física, porque a medida também resguarda o patrimônio e a questão da violência psicológica", explica a jurista e ativista social, Pamela Vindilino.

Em todo estado de Minas Gerais, o número de medidas protetivas solicitadas no início de 2025 ultrapassa 25 mil. Nas quatro maiores cidades do Sul de Minas, houve 956 solicitações de medidas protetivas, das quais, 630 foram concedidas, o correspondente a 65,9% dos pedidos.

Varginha é a cidade com mais pedidos, e também com a menor aprovação proporcionalmente. Em cinco meses foram 359 solicitações, mas apenas 47,6% delas, ou seja, 171, foram concedidas.

Em Poços de Caldas houve 254 pedidos, com 184 medidas protetivas concedidas, o equivalente a 72,4% das solicitações.

Pouso Alegre foram concedidas 174 medidas protetivas, o equivalente a 72,5% das 240 solicitadas entre janeiro e maio.

Passos, onde o número de solicitações é o menor entre as maiores cidades, quase a totalidade foi concedida. Nos cinco primeiros meses deste ano, 101 dos 103 pedidos foram concedidos (98%).

Para Pamela, o número de pedidos de medidas protetiva é preocupante, principalmente porque não representa a realidade da violência contra a mulher que é maior, uma vez que as vítimas não costumam solicitar a proteção logo após a agressão e vive um ciclo de violência antes de buscar as medidas de proteção.

“São quase mil pessoas se sentindo ameaçadas todos os dias por quem deveria trazer segurança para ela, que é um parceiro, ou um pai, ou um irmão, qualquer pessoa com quem ela tem ali uma relação afetiva e mais próxima. Então, mostra que nenhum lugar para nós é seguro sendo mulher.”

Foto: Ilustrativa

Foto: Ilustrativa

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Fonte - g1 Sul de Minas

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