O Hospital Monsenhor Genésio, de Juruaia (MG), parou de atender pacientes no setor de emergência desde o último final de semana. O motivo é o fim de um convênio de 30 anos com a prefeitura da cidade, que não foi renovado.

Pelo convênio, a prefeitura repassava R$ 85 mil por mês para o funcionamento do pronto-socorro. No entanto, o segundo o vice-presidente da instituição, o valor não era suficiente para cobrir os gastos. A direção pediu uma verba maior, de R$ 117 mil, mas o prefeito não aceitou.

"No pronto-atendimento, segundos equivalem a uma vida. Essa mudança em algum momento vai trazer prejuízo", diz a vice-presidente do hospital, Cristiane Rezende Terra.

Um comunicado colocado na porta do hospital já informa os pacientes que a partir de agora, eles devem procurar outra unidade de pronto-socorro, um prédio no Centro da cidade que foi adaptado para receber os atendimentos de emergência. No local, atualmente funcionava o Departamento de Especialidades Médicas. O hospital continua aberto somente para internações, cirurgias e consultas.

Segundo o prefeito de Juruaia, Álvaro Mariano Júnior, o município não tem orçamento suficiente para aumentar o valor do repasse ao hospital e por isso, decidiu assumir o serviço.

"O MP está ciente de tudo negociado aqui, foi tudo bem democrático, bem detalhado. Teve conversas e não houve consenso. Para não deixar a população na mão, nós resolvemos criar este pronto-socorro. Nós temos parcerias com outros hospitais, outros municípios, temos duas ambulâncias aqui na porta desse atendimento, que fará o encaminhamento em caso de necessidade com toda a parceria da nossa região", disse o prefeito.