Após atingir lotação máxima em 15 horas, a UTI para Covid-19 recém-inaugurada em Poço Fundo registra fila de espera de 70 pacientes que aguardam por leito. Dos 12 leitos entregues pelo governador Romeu Zema (Novo), cinco ainda não foram liberados.

“A demanda é muito grande, assustadora. O hospital não para de receber laudo para poder fazer admissão, é assustador. O que estamos passando no Sul de Minas é um caos na saúde pública, onde os hospitais estão superlotados e a gente não consegue absorver toda demanda em função do vírus”, disse o diretor do Hospital Gimirim, Renato Pereira da Silva.

Os leitos já em funcionamento estão sendo ocupados por pacientes de Poço Fundo e Borda da Mata.

“O hospital tomou essa medida de trazer os leitos de UTI para cá, justamente para ajudar a região. Se a gente não tiver consciência de que o vírus é perigo, é transmissível, a gente nunca vai deixar de ter uma segurança. Então, isso parte de nós. Esse nós somos todos, não é nem eu e nem você, somos todos”, falou do diretor.

Antes dos leitos serem inaugurados pelo governador Romeu Zema, Poço Fundo não contava com UTI.

“Nos traz uma esperança muito grande de atender aqueles pacientes que anseiam por uma vaga de UTI e que a gente tem que ver essa espera, essa angustia e esse sofrimento”, comentou o Secretário Municipal de Saúde, Luís Eduardo Sousa Flamini, sobre a cidade possuir uma UTI.

Conforme os últimos dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde, a taxa de ocupação de leitos de UTI está atualmente em 92,31% em todo o Sul de Minas, sendo que 93,05% de todos os leitos exclusivos para tratamento da Covid-19 estão ocupados.

Em Poço Fundo, conforme boletim epidemiológico da prefeitura, são 1.064 casos positivos da doença na cidade, sendo sete mortes em decorrência da doença.